A elaboração deste “contributo” deriva da ampla constatação de que, tendo a generalidade dos portugueses um enorme interesse pelas questões ambientais, também, e de uma maneira geral, não conhecem os termos de comparação e/ou os pontos fortes e fracos de muitas das tecnologias disponíveis para a geração de energia de várias fontes, uma das áreas mais importantes no combate ao aquecimento global a par – nunca esquecer – de uma utilização mais eficiente dessa mesma energia. Este trabalho pretende ajudar a preencher esta lacuna, fornecendo não só elementos sobre as características quantitativas dessas tecnologias, como indicando o seu estágio atual de desenvolvimento e aplicação. Não se trata, portanto, de um trabalho para especialistas no ramo, mas sim de uma obra de divulgação que esperamos (sobretudo pelos dados fornecidos) venha a ser útil.
Introdução
Alguns conceitos e unidades utilizados
1. A situação de utilização de energia primária e suas fontes no mundo em 2010
2. A situação de utilização de energia primária e suas fontes em Portugal em 2010
3. Sistemas atuais (convencionais) de produção e consumo de energia
3.1 Elétrica (carvão, fuelóleo, gás natural, nuclear (fissão), grandes hidros, geotérmicas, outras)
3.2 Atividades domésticas (eletricidade, gás, lenha)
3.3 Processos industriais (pequenas caldeiras, cogeração)
3.4 Transportes
3.5 Outros
4. Sistemas alternativos/renováveis de produção de energia em utilização
4.1 Elétrica
4.1.1 Eólica industrial
4.1.2 Solar fotovoltaica
4.1.3 Biomassa
4.1.4 Biogás (resíduos domésticos) de aterros
4.1.5 Resíduos domésticos (queima e centrais de digestão anaeróbia)
4.1.6 Pilhas (células) de combustível
4.1.7 Mini-hídricas
4.1.8 Marés
4.2 Atividades domésticas
4.2.1 Solar térmico de baixa temperatura
4.2.2 Energia geotérmica
4.2.3 Recuperadores de calor
4.2.4 Lâmpadas frias (de baixo consumo)
4.2.5 Isolamentos
4.3 Processos industriais
4.3.1 Solar térmico
4.3.2 Resíduos industriais
4.3.2.1 Coincineração de resíduos industriais perigosos em cimenteiras
4.3.3 Queima direta de biomassa (resíduos agrícolas e florestais)
4.3.4 Cogeração
4.4 Transportes
4.4.1 Bioetanol de 1.a geração
4.4.2 Biodiesel de 1.a geração
4.4.3 Biogás, gás natural e GPL
4.4.4 Veículos híbridos
4.5 Outros
4.5.1 Reciclagem material
4.5.2 CDR (Combustíveis Derivados de Resíduos)
5. Sistemas alternativos/renováveis de produção de energia em demonstração e/ou estudo
5.1 Elétrica
5.1.1 Ondas
5.1.2 Solar térmico de alta temperatura
5.1.3 Pirólise/gaseificação de carvão/biomassa/resíduos (convencional e a plasma)
5.1.4 Carvão “limpo”
5.1.5 Fusão nuclear
5.1.6 Eólica doméstica
5.1.7 Pavimentos piezoelétricos e solares
5.1.8 Geradores termoelétricos
5.1.9 Hidrocarbonetos de fontes não convencionais (shale oil; shale gas)
5.1.10 Eólicas flutuantes off-shore
5.2 Atividades domésticas
5.2.1 Eletrodomésticos de alto rendimento
5.2.2 Fogões de alto rendimento
5.2.3 Isolamento de habitações
5.3 Processos industriais
5.3.1 Isolamento de edifícios fabris
5.3.2 Outros combustíveis (CDR, pellets, gás pobre, entre outros)
5.4 Transportes
5.4.1 Bioetanol de resíduos vegetais (2.a geração)
5.4.2 Biodiesel de 2.a geração
5.4.3 Veículos a pilhas de combustível
e a economia do hidrogénio
5.4.4 Gás pobre de gaseificação/pirólise a partir de biomassa
5.5 Outros
5.5.1 Sequestro de carbono
5.5.2 Hidrato metânico
6. Conclusões
6.1 Problemas com a redução do consumo mundial de combustíveis fósseis
6.2 Condicionantes gerais da situação portuguesa atual
6.3 Condicionantes particulares da situação portuguesa atual
6.4 Evolução prevista na produção em Portugal
6.5 Sugestões para a produção/demonstração industrial
6.6 Redução prevista da utilização de combustíveis fósseis
6.6.1 Energia intermédia
6.6.2 Energia final
6.7 Resumo final das conclusões
Bibliografia
Anexos
António Manuel Ferreira da Silva Jardim
Nasceu em Lourenço Marques (atual Maputo), Moçambique, a 8 de outubro de 1943, filho de pais portugueses, ambos professores no liceu local. Fez o liceu em Maputo e, depois de uma breve passagem pela África do Sul, veio tirar o curso universitário em Lisboa, onde se formou em Engenharia Mecânica no Instituto Superior Técnico (IST), em 1968. Seguidamente, e já colaborador da ex-Junta de Energia Nuclear (JEN), tirou uma pós-graduação em engenharia nuclear no Institut National des Sciences & Techniques Nucléaires (INSTN) em Saclay, França, em 1969. No decorrer da sua vida profissional - depois da JEN - trabalhou vários anos na Sorefame e na Koch de Portugal, intercalados por atividades de consultoria e gestão, com especial relevo na indústria do pinhão, terminando o trabalho por conta de outrem na Amarsul. É autor de um estudo sobre os resíduos renováveis no Concelho de Alcácer do Sal e coautor de um manual de compostagem para o INR. Detém, desde os anos 80, duas patentes sobre utilização de biomassa (uma delas - a "salamandra a casca de pinha" - com 260 instalações concretizadas), estando em vias de obter uma terceira. Presentemente, é consultor em resíduos e sócio-gerente da Wesmco.