A globalização da economia exige do setor produtivo melhorias substanciais de qualidade, precisão de peças produzidas, e custo, entre outros pré-requisitos necessários para o reconhecimento e desenvolvimento do setor industrial. Ao mesmo tempo surgem novos conceitos, como a usinagem com mínima quantidade de fluido de corte, uma vez que esses fluidos representam grande parcela do custo final da peça, como conseqüência de gastos com a manutenção e descarte. Um dos principais fatores que influenciam no estado final da peça usinada, além das condições de usinagem, é a forma e a quantidade de aplicação dos fluidos de corte no processo. Isto fica ainda mais evidente quando se questiona os custos com os fluidos de corte no setor produtivo, estimados em cerca de 17% dos custos de produção.
Esta coletânea apresenta uma revisão dos princípios básicos envolvidos na seleção, aplicação, manutenção correta e nos meios de descarte dos diferentes tipos de fluidos de corte disponíveis para utilização em processos de retificação. Em virtude da tendência mundial de adequação aos procedimentos industriais relativos às normas ambientais vigentes, é apresentado um estudo sobre os tipos de fluídos e aditivos que vêm tendo o uso desestimulado por oferecerem riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Também são abordados os procedimentos padrão de descarte dos diferentes tipos de fluidos, conforme os padrões ambientais vigentes, e como as técnicas de gerenciamento dos fluidos de corte podem diminuir os custos finais de descarte.
A maior ênfase foi dada ao processo de retificação, que é utilizado para os casos que necessitam de grande precisão dimensional, qualidade superficial e estudo de custos. São ainda apresentados estudos sobre a influência da intensidade de pressão e vazão do fluido de corte no comportamento do processo de retificação do tipo tangencial plana, sobre a proliferação de microorganismos no fluido de corte e, finalmente, sobre a forma e quantidade de aplicação de fluido que geram influências diretas em algumas das principais variáveis de saída do processo.
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[Resumido]
Capítulo 1
Procedimentos padrão para o uso correto de fluidos de corte
Capítulo 2
Como e quando lubrificar e refrigerar no processo de retificação
Capítulo 3
Estudo da influência da pressão e vazão do fluido de corte no processo de retificação
Capítulo 4
Transtornos em operações de usinagem: Microrganismos no fluido de corte
Capítulo 5
Análise das diferentes formas de aplicação, e tipos de fluido de corte, utilizados no processo de retificação cilíndrica externa de mergulho, através de rebolos convencionais e superabrasivos de CBN
Capítulo 6
Formas otimizadas para a aplicação de fluidos de corte na retificação
Relação de autores dos capítulos
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Prof. Dr. Eduardo Carlos Bianchi - Professor Adjunto do Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Engenharia da UNESP — Bauru, onde coordena o Grupo de pesquisas em Usinagem por Abrasão. Foi Coordenador do Curso de Graduação em Engenharia Mecânica, de 1993 a 1995 e Presidente da Comissão de Pesquisa da FE, em 1994. Assessor ad doc do CNPq, a partir de 1998, membro integrante do quadro de assessores ad doc da FAPESP, e assessor ad doc da FUNDUNESP. Atualmente é Coordenador do Programa de Pós-graduação da Faculdade de Engenharia, participa do Programa de Redes Cooperativas de Pesquisa (RECOPE) e Instituto Fábrica do Milênio (IFM), e desenvolve atividades de ensino, pesquisa e extensão universitária.
Prof. Dr. Paulo Roberto Aguiar - Professor Adjunto do Departamento de Engenharia Elétrica da Faculdade de Engenharia da UNESP - Bauru. Membro do Grupo em Usinagem por Abrasão no Departamento de Engenharia Mecânica da FE - Unesp - Bauru. Realizou Pós-Doutorado em Engenharia Mecânica/Elétrica na área de Usinagem por Abrasão e Processamento de Sinais na University of Connecticut, Estados Unidos.
Bruno Amaral Piubeli - Aluno e bolsista de Iniciação Tecnológica Industrial pelo CNPq, concedida ao Instituto Fábrica do Milênio.
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