Henri Cartier-Bresson escreveu pouco sobre a própria prática fotográfica. Muito mais do que em suas raras reflexões, foi nas entrevistas que concedeu no decorrer de sua carreira que o artista se mostrou generoso em palavras e manifestou seu pensamento vivo sobre a fotografia. Este livro reúne doze conversas com um Cartier-Bresson apaixonante e apaixonado, que fala de fotografia, comenta a situação do mundo e rememora a trajetória pessoal e profissional. Esses momentos de eloquência, distribuídos ao longo de quase meio século, revelam a visão que o artista tinha da fotografia e também permitem acompanhar a maneira como seu pensamento foi mudando. Doze confissões em primeira pessoa que trazem uma imagem nada fixa e, pelo contrário, ainda viva de Cartier-Bresson.
Henri Cartier-Bresson (1908-2004) é considerado um dos fotógrafos mais importantes da segunda metade do século XX e um dos pais do fotojornalismo. Na agência Magnum, que fundou em 1947 ao lado de Robert Capa, David (Chim) Seymour, William Vandivert e George Rodger, realizou algumas das grandes reportagens (sobre a Europa, o Oriente e a antiga URSS) que lhe deram fama mundial como cronista visual.