A Tribologia - ciência do atrito, do desgaste e matérias relacionadas - é uma área tecnológica recente, mas já da maior importância. Com efeito, sempre foi intenção do ser humano diminuir os esforços devidos aos atritos, consumidores de energias, e evitar os desgastes, causadores do desperdício de materiais. A importância desta ciência para um correcto Projecto de Máquinas e Equipamentos, assim como para uma correcta Manutenção dos mesmos, é inquestionável. Esta compilação de textos baseia-se na experiência docente do autor na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Nele são tratados temas como Análise Geométrica das Superfícies, Atrito e Desgaste. Lubrificação e Lubrificantes. Destinam-se estes textos aos alunos do ensino superior, que os podem utilizar como textos de apoio para o seu estudo, como também para aqueles que se interessam por questões relacionadas com a Tribologia.
CAPÍTULO 1
PERSPECTIVA DA TRIBOLOGIA
1. INTRODUÇÃO
2. IMPACTO ECONÓMICO DA TRIBOLOGIA
3. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A TRIBOLOGIA
4. BIBLIOGRAFIA
CAPÍTULO 2
O ESTADO GEOMÉTRICO DAS SUPERFÍCIES TÉCNICAS
1. INTRODUÇÃO
2. DEFINIÇÃO DOS ESTADOS DE SUPERFÍCIE
2.1 Principais defeitos superficiais
2.2 Principais critérios de estados de superfície
3. MEIOS DE MEDIDA DOS DEFEITOS GEOMÉTRICOS DAS SUPERFÍCIES
4. QUALIDADE DAS SUPERFÍCIES
5. BIBLIOGRAFIA
CAPÍTULO 3
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O ATRITO E O DESGASTE DOS MATERIAIS
1. ATRITO
2. DESGASTE
3. MECANISMOS DE DESGASTE
4. DESGASTE POR ABRASÃO
5. DESGASTE POR ADESÃO
6. DESGASTE POR EROSÃO
7. DESGASTE POR FADIGA
Tribologia - notas de curso
8. “FRETTING” OU CORROSÃO DE CONTACTO
9. DESGASTE CORROSIVO
10. CONCLUSÕES
11. BIBLIOGRAFIA
CAPÍTULO 4
LUBRIFICAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
2. EQUAÇÕES GERAIS DOS FILMES DELGADOS NEWTONIANOS
2.1 Leis de base da mecânica dos meios contínuos
2.2 Equação generalizada da mecânica dos filmes delgados viscosos
3. FORMAS PARTICULARES DA EQUAÇÃO DA MECÂNICA DOS FILMES DELGADOS VISCOSOS GENERALIZADA
3.1 Equação dos filmes delgados viscosos
3.2 Equação de Reynolds
4. ESTUDO DE CASOS ELEMENTARES DE FORÇA DE SUSTENTAÇÃO
4.l Caso de duas superfícies paralelas; força axial hidrostática
4.2 Duas superfícies paralelas: efeito de estiramento
5. BIBLIOGRAFIA
ANEXO: Derivação da equação de Reynolds a partir das equações de equilíbrio de um volume de controlo e do princípio de conservação da massa
CAPÍTULO 5
LUBRIFICANTES E SUAS PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS
1. INTRODUÇÃO
2. TIPOS DE ÓLEOS MINERAIS
3. VISCOSIDADE DOS LUBRIFICANTES
3.1 Introdução
3.2 Definição de Viscosidade
3.3 Unidades de Viscosidade
Tribologia - notas de curso
4. VISCOSÍMETRIA
4.1 Viscosímetros absolutos
4.1.1 Viscosímetros de capilar
4.1.2 Viscosímetros de Couette
4.1.3 Viscosímetros de disco ou de cone
4.1.4 Viscosímetros de queda de corpo
4.1.5 Viscosímetros absolutos calibrados
4.2 Viscosímetros empíricos
5. VARIAÇÃO DA VISCOSIDADE
5.1 Variação da viscosidade com a temperatura
5.1.1 Índice de viscosidade
5.2 Variação da viscosidade com a pressão
5.3 Variação da viscosidade com a velocidade de deformação do fluído
5.4 Viscoelasticidade dos lubrificantes
6. VISCOSIDADE DOS GASES
7. ESPECIFICAÇÕES DE VISCOSIDADE DE LUBRIFICANTES
7.1 Especificações SAE e ISO
7.1.2 Os óleos “Multigrade”
7.2 Classificação de Serviço A.P.I (American Petroleum Institute)
8. OUTRAS CARACTERÍSTICAS DOS ÓLEOS LUBRIFICANTES
8.1 Densidade e Peso Específico
8.2 Calor específico
8.3 Condutividade Térmica
8.4 Difusão Térmica
8.5 Temperaturas Características dos Lubrificantes
8.5.1 Ponto de Inflamação
8.5.2 Ponto de Combustão
8.5.3 Ponto de Escorrimento ou Congelação
9. ADITIVOS
10. MASSAS LUBRIFICANTES
10.1 Definição e Composição
10.2 Características das Massas e Classificação
10.2.1 Consistência
10.2.2 Viscosidade Aparente
10.2.3 Ponto de gota
10.2.4 Outras Características
Tribologia - notas de curso
11. EMULSÕES E LUBRIFICANTES AQUOSOS
12. BIODEGRADIBILIDADE DOS LUBRIFICANTES
13. TOXICIDADE DOS LUBRIFICANTES
14. RECICLAGEM OU REUTILIZAÇÃO DE ÓLEOS USADOS
15. BIBLIOGRAFIA
ANEXO: Notas sobre a viscosidade de óleos lubrificantes
CAPÍTULO 6
LUBRIFICAÇÃO HIDRODINÂMICA
1. INTRODUÇÃO TEÓRICA, EQUAÇÃO DE REYNOLDS
2. DUAS SUPERFÍCIES NÃO PARALELAS
3. CUNHA CONVERGENTE/DIVERGENTE. DIVERGENTE COM FACES ARTICULADAS
4. INFLUÊNCIA DA FORMA DAS SUPERFÍCIES
4.1 Cunha fixa
4.2 Cunha articulada
4.3 Cunha de largura finita
5. CONFIGURAÇÕES MÚLTIPLAS: CHUMACEIRAS AXIAIS
5.1 Método de cálculo
5.2 Realização das chumaceiras
6. CHUMACEIRAS RADIAIS EM REGIME LAMINAR
6.1 Introdução
6.2 Chumaceiras radiais em regime laminar
6.2.1 Equação de Reynolds para uma chumaceira lisa
6.2 Espessura do filme de óleo
6.3 Condições nas fronteiras do domínio
6.4 Resolução da equação de Reynolds
7. CHUMACEIRA RADIAL INFINITAMENTE LONGA
8. CHUMACEIRA RADIAL INFINITAMENTE CURTA
9. CHUMACEIRA RADIAL DE LARGURA FINITA
10. MODO DE ALIMENTAÇÃO DAS CHUMACEIRAS RADIAIS
10.1 Posição e forma das ranhuras de alimentação
Tribologia - notas de curso
10.2 Influência da pressão de alimentação
10.3 Efeitos térmicos nas chumaceiras radiais
11. INFLUÊNCIA DO DESALINHAMENTO
11.1 Chumaceiras auto-alinhantes
12. BIBLIOGRAFIA
CAPÍTULO 7
LUBRIFICAÇÃO HIDROSTÁTICA
1. INTRODUÇÃO TEÓRICA
1.1 Sistemas a pressão constante
1.2 Sistemas a débito constante
1.3 Vantagens e inconvenientes das chumaceiras hidrostáticas
1.4 Comparação entre os gases e os líquidos como lubrificantes
1.5 Relações fundamentais da hidrostática
1.5.1 Equação de Reynolds
1.5.2 Carga admissível
1.5.3 Débito
1.5.4 Força ou momento de atrito
2. ESTUDO DA ESTABILIDADE DUMA CHUMACEIRA
2.1 Caso da chumaceira plana simples, de comprimento
considerado infinito, regulada por um capilar
2.1.1 Característica do capilar
2.1.2 Estudo da estabilidade da chumaceira
2.1.3 Caso do capilar
2.1.4 Comparação entre o capilar, o orifício e o “gicleur”
3. ESTUDO DUMA CHUMACEIRA DE SIMPLES EFEITO
3.1 Cálculo da carga
3.2 Cálculo do débito
3.3 Aplicação numérica
3.4 Vantagens e inconvenientes
3.4.1 A árvore roda com velocidade angular W = Const.
3.5 Potência dissipada
Tribologia - notas de curso
4. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS CHUMACEIRAS RADIAIS HIDROSTÁTICA
5. BIBLIOGRAFIA
CAPÍTULO 8
PROJECTO DE CHUMACEIRAS NÃO LUBRIFICADAS E SELECÇÃO DE MATERIAIS
1. INTRODUÇÃO
2. NOTAÇÃO E UNIDADES
3. ATRITO E DESGASTE
4. MATERIAIS PARA CHUMACEIRAS NÃO LUBRIFICADAS
5. CONSIDERAÇÕES PARA O PROJECTO
5.1 Condições em que operam as chumaceiras não lubrificadas
5.2 Selecção do material a utilizar
5.3 Selecção esquemática da selecção do tipo de material
a utilizar nas chumaceiras não lubrificadas
6. BIBLIOGRAFIA
CAPÍTULO 9
SELECÇÃO DE CHUMACEIRAS
1. INTRODUÇÃO
2. TIPOS DE CHUMACEIRAS
3. DESEMPENHO DOS VÁRIOS TIPOS DE CHUMACEIRAS
3.2 Rolamentos
3.3 Chumaceiras de filme fluído (Hidrodinâmica e Hidrostática)
3.4 Chumaceiras flexíveis
4. SELECÇÃO DA CHUMACEIRA ADEQUADA
4.1 Aplicações com carga unidireccional e movimento continuo
Tribologia - notas de curso
4.2 Aplicações com movimento oscilatório
4.3 Aplicações com carga multidireccional e movimento contínuo
5. BIBLIOGRAFIA
CAPÍTULO 10
INTRODUÇÃO BREVE À LUBRIFICAÇÃO ELASTOHIDRODINÂMICA
1. INTRODUÇÃO
2. TENSÕES DE CONTACTO
2.1 Caso geral da distribuição da pressão num contacto
2.2 Casos particulares
2.3 Gradientes de tensão ao longo da linha de carga
3. ESPESSURA DE FILME DE ÓLEO NOS CONTACTOS ELASTO-HIDRODINÂMICOS (EHD)
3.1 Dois cilindros em contacto
3.2 Contacto pontuais
3.3 Hipóteses consideradas
4. APLICAÇÕES DE EQUAÇÕES SIMPLIFICADAS DA LUBRIFICAÇÃO EHD
4.2 Cames
4.3 Engrenagens
4.3.1 Introdução
4.3.2 Lubrificação de engrenagens
4.3.3 Tipos de lubrificantes utilizados em transmissões mecânicas
4.3.4. Outros lubrificantes
4.3.5. Métodos de lubrificação
4.4 Selecção de lubrificantes para transmissões mecânicas (método AGMA)
5. BIBLIOGRAFIA
Luís António de Andrade Ferreira nasceu no Porto, em 9 de Agosto de 1957. Licenciou-se em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Engenharia do Porto (FEUP), em 1980. Doutorou-se em Tribologia no I.N.S.A. de Lyon - França, em 1985. Professor Associado do Departamento de Engenharia e Gestão Industrial da FEUP onde lecciona cadeiras relacionadas com a Tribologia e Manutenção de Equipamentos. Director do Mestrado em Manutenção Industrial, na mesma Faculdade. Consultor Sénior do CETRIBANEGI. Foi Vice-Presidente da Direcção da Associação Portuguesa de Manutenção Industrial, sendo actualmente Vice-Presidente da mesa da Assembléia Geral. Director da revista "MANUTENÇÃO".