Galardoado com o Prémio Enologia em 2016, pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho
Pretende-se que venha este Livro a ser uma continuação e atualização de um Livro da autoria de um de nós, publicado há mais de 25 anos, sobre controlo de qualidade de vinhos, como resposta a solicitações e desafios que fomos recebendo.
Trata-se pois, e fundamentalmente, de uma obra que pretende focar novos conhecimentos sobre o controlo da qualidade de vinhos e de outros produtos de origem vitícola, envolvendo pois quer uma atualização do conhecimento existente, relativamente ao que existia à data da edição dessa referida obra (1988), quer a abordagem de temas e áreas que não o tinham sido nessa edição.
Recorreu-se agora, em múltiplas matérias, à colaboração de diversos Investigadores e Técnicos portugueses, nas quais são hoje notáveis especialistas, sublinhando-se assim a importância da investigação na área da Enologia que tem vindo a ser desenvolvida em Portugal, nas últimas décadas.
Considerando os enormes avanços científicos verificados nas últimas décadas, quer no âmbito do controlo microbiológico, quer no âmbito da análise sensorial, seria assim também indispensável a existência de capítulos sobre estas temáticas, refletindo os avanços então verificados. No que se refere à análise sensorial, foi dada especial ênfase às metodologias e aos ensaios interlaboratoriais, até também como fruto da experiência havida recentemente em Portugal.
Foi dedicada uma especial atenção ao conhecimento atualmente existente, designadamente oriundo de centros portugueses, sobre a caraterização da autenticidade dos vinhos, focando nomeadamente a sua origem geográfica e a sua origem varietal.
Recorrendo-se à colaboração de especialistas portugueses, foram introduzidos dois capítulos sobre materiais em contacto com os vinhos, designadamente a utilização de madeiras e a rolha de cortiça.
Foram também introduzidos dois capítulos sobre o que se encontra hoje disponível em operações de tecnologia enológica e no seu controlo, seja o das próprias práticas tecnológicas, seja o dos próprios produtos enológicos.
Considerando-se oportuno alargar o âmbito do livro a outros produtos de origem vitícola, para além do vinho, e tendo também em conta o conhecimento que tem sido acumulado em Portugal em outras matérias, é ainda apresentado um capítulo sobre o controlo da qualidade de aguardentes vínicas, designadamente sobre a sua composição e a sua análise e sobre aguardentes vínicas envelhecidas, e um outro sobre vinagres de vinho.
Conclui-se o livro com um capítulo sobre os princípios gerais que deverão presidir à construção de novos laboratórios de análise de vinhos e de outros produtos vitícolas, tema que reputamos de enorme interesse atual e pouco habitual em obras com estes contornos.
Em toda a obra, procurou realizar-se o seu enquadramento nas diretrizes definidas pela OIV, enquanto organização intergovernamental mundial para o setor vitivinícola, pela União Europeia, dado o seu decisivo papel para a regulamentação setorial e pelo Estado português, dado o principal alvo a que se destina.
1. Introdução – A.S. Curvelo-Garcia e Paulo Barros
2. As organizações internacionais na definição dos métodos de controlo da qualidade –
A.S. Curvelo-Garcia e Paulo Barros
3. Ferramentas para o Controlo da Qualidade de Vinhos – A.S. Curvelo-Garcia
e Paulo Barros
3.1. Acreditação dos laboratórios – Alberto Mosqueira
3.2. Controlo da qualidade dos resultados analíticos – Isabel Lucena e Valle
3.3. Automatização da análise de vinhos - FTIR – Manuel Lima Ferreira
4. Constituição ácida de mostos e vinhos – A.S. Curvelo-Garcia e Sofia Catarino
5. Glúcidos – A.S. Curvelo-Garcia e Sofia Catarino
6. Constituição volátil dos vinhos – C.M. Oliveira, A.M.S. Silva e A.C. Silva Ferreira
7. Polifenóis em Enologia – Sun Baoshan e M. Isabel Spranger
8. Oxidação dos vinhos – C.M. Oliveira, A.M.S. Silva e A. C. Silva Ferreira
9. Composição mineral dos vinhos. Ocorrência de metais contaminantes – Sofia
Catarino, A.S. Curvelo-Garcia e R. Bruno de Sousa
10. Espécies químicas com importância na segurança alimentar – A.S. Curvelo-Garcia
10.1. Ocratoxina A e outras micotoxinas – Armando Venâncio
10.2. Carbamato de etilo – Alberto Mosqueira
10.3. Aminas biogénicas – Maria do Rosário Bronze e Andreia Brito e Silva
10.4. Resíduos de pesticidas – Cristina Esteves1. Introdução – A.S. Curvelo-Garcia e Paulo Barros
2. As organizações internacionais na definição dos métodos de controlo da qualidade – A.S. Curvelo-Garcia e Paulo Barros
3. Ferramentas para o Controlo da Qualidade de Vinhos – A.S. Curvelo-Garcia e Paulo Barros
3.1. Acreditação dos laboratórios – Alberto Mosqueira
3.2. Controlo da qualidade dos resultados analíticos – Isabel Lucena e Valle
3.3. Automatização da análise de vinhos - FTIR – Manuel Lima Ferreira
4. Constituição ácida de mostos e vinhos – A.S. Curvelo-Garcia e Sofia Catarino
5. Glúcidos – A.S. Curvelo-Garcia e Sofia Catarino
6. Constituição volátil dos vinhos – C.M. Oliveira, A.M.S. Silva e A.C. Silva Ferreira
7. Polifenóis em Enologia – Sun Baoshan e M. Isabel Spranger
8. Oxidação dos vinhos – C.M. Oliveira, A.M.S. Silva e A. C. Silva Ferreira
9. Composição mineral dos vinhos. Ocorrência de metais contaminantes – Sofia
Catarino, A.S. Curvelo-Garcia e R. Bruno de Sousa
10. Espécies químicas com importância na segurança alimentar – A.S. Curvelo-Garcia
10.1. Ocratoxina A e outras micotoxinas – Armando Venâncio
10.2. Carbamato de etilo – Alberto Mosqueira
10.3. Aminas biogénicas – Maria do Rosário Bronze e Andreia Brito e Silva
10.4. Resíduos de pesticidas – Cristina Esteves
11. Controlo microbiológico de mostos e vinhos – Isabel Pardo, Ana Mendes-Ferreira, Sergi Ferrer e Arlete Mendes Faia
12. Análise Sensorial – Ilda Caldeira
12.1. Metodologia – Manuel Lima Ferreira
12.2. Ensaios interlaboratoriais – Manuel Maria Pinto e Paulo Barros
13. Autenticidade dos vinhos – A.S. Curvelo-Garcia e Paulo Barros
13.1. Origem geográfica – Sofia Catarino, R. Bruno de Sousa e A.S. Curvelo-Garcia
13.2. Origem varietal – Paula Martins-Lopes, Margarida Baleiras Couto, José Ramiro Fernandes, Leonor Pereira, João Brazão e J. Eiras-Dias
14. Utilização de madeiras em Enologia – Sara Canas e Ilda Caldeira
15. Materiais em contacto com os vinhos – a rolha de cortiça – Alzira Quintanilha, Sérgio Moutinho e Paulo Barros
15.1. O binómio rolha / vinho – Paulo Barros
16. Controlo de práticas enológicas – A.S. Curvelo-Garcia
17. Controlo de produtos enológicos – A.S. Curvelo-Garcia e Paulo Barros
18. Controlo da qualidade de aguardentes vínicas – Paulo Barros e A.S. Curvelo-Garcia
18.1. Composição e análise de aguardentes vínicas – Paulo Barros
18.2. Aguardentes vínicas envelhecidas – Sara Canas
19. Vinagres de vinho – A.S. Curvelo-Garcia
20. Construção de novos laboratórios de análise de vinhos e outros produtos vitícolas – Paulo Barros e Inês Barros
António Sérgio Curvelo-Garcia
Nasceu em Portalegre em 1945. Licenciado em Engenharia Química pelo Instituto Superior Técnico (Universidade Técnica de Lisboa), em 1969.
Ingressou em 1969 no ex-Centro Nacional de Estudos Vitivinícolas (posteriormente Estação Vitivinícola Nacional), especializando-se em Química Enológica.
Assistente de Investigação Estagiário do INIA-Instituto Nacional de Investigação Agrária (1979). Investigador Auxiliar do INIA (1981),mediante concurso. Investigador Principal do INIA (1990), mediante concurso.
De 1996 até à sua aposentação (em 2011), Investigador Coordenador do INIA, mediante provas públicas e com equiparação ao título académico de Agregado. A área científica de atividade é Enologia, com especialização em Química Enológica.
Paulo Barros
Nasceu em Freamunde, em 1958. Licenciado em Farmácia pela Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, em 1981. Integrado na carreira docente universitária, participou, nessa mesma Faculdade, na docência das
disciplinas de Química Orgânica, Química Farmacêutica Orgânica e de Bromatologia, de 1981 a 1989.
Ingressou em 1989 no Instituto do Vinho do Porto (IVP) onde, enquanto Diretor de Serviços Técnicos (Laboratório e Câmara de Provadores), foi responsável, até 1999, pelo processo analítico inerente à certificação da Denominação de Origem do Vinho do Porto. De janeiro de 2000 a maio de 2007, foi assessor junto da Presidência do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), em regime de requisição.
Em junho de 2007, retomou funções como assessor da Presidência no Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP, I.P.). Presentemente coordena o Núcleo do Conhecimento do IVDP.