Os modelos de melhoria e inovação devem ser utilizados em todo o ciclo de vida dos produtos e serviços, e não apenas em processos já em fase de produção ou prestação do serviço. Com a crescente redução do ciclo de vida, tem vindo a acentuar-se uma deslocação das atividades críticas para as fases iniciais de pré-produção e venda dos produtos e serviços, e em especial para a conceção e construção da interface da organização com o mercado, onde terá de se identificar o que os clientes pretendem, como percecionam a qualidade e as funcionalidades que os produtos/serviços devem possuir, bem como o preço que estarão dispostos a pagar.
As decisões tomadas nestas fases podem representar cerca de 75% dos custos do ciclo de vida (custos de concepção, aquisição, exploração, manutenção e eliminação), sendo que, normalmente, estes custos não estão suficientemente identificados e relacionados com os resultados.
Este livro identifica tipos de custos que devem ser autonomizados e geridos ao longo do ciclo de vida e interessa aos:
- Gestores e dirigentes, ajudando a definir custos específicos do e no ciclo de vida;
- Responsáveis pelos sistemas da qualidade, da inovação, e do design e desenvolvimento, ajudando na escolha de indicadores, custos e na elaboração de estimativas;
- Estudantes de gestão, economia, engenharia e design, ajudando a perspetivar e calcular os custos do e no ciclo de vida.
António Ramos Pires é licenciado em Engenharia Eletrotécnica pela Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra (FCTUC), pós-graduado em Engenharia da Qualidade pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCTUNL), mestre em Controlo e Garantia da Qualidade (Universidade de Cranfield) e doutor em Engenharia Industrial (FCTUNL). Foi Professor Coordenador no Instituto Politécnico de Setúbal. Na sua atividade académica destaca-se uma vastíssima monografia (mais de uma centena e meia de publicações entre livros, manuais e artigos). Paralelamente a esta atividade, foi responsável pela implementação de técnicas e métodos de gestão da qualidade num vasto número de organizações em diversos setores da indústria, serviços e administração pública. É assessor da EFQM desde 1994, Avaliador Coordenador da FUNDIBEQ desde 2001, auditor coordenador em sistemas de gestão desde 1997, e especialista da UNIDO para as infraestruturas da qualidade desde 2014. Em 1999 e 2000 foi Presidente do Instituto Português da Qualidade, entre 2008 e 2013 foi pró-Presidente do Instituto Politécnico de Setúbal e entre 2012 e 2017 foi Presidente da Direção da Associação Portuguesa para a Qualidade.