A psicanálise é uma relação de confiança e intimidade para um trabalho de libertação e construção; na sequência do qual, o indivíduo se desembaraça dos medos e prisões que o empecilham e retoma o desenvolvimento do seu projecto pessoal. Pela aliança de propósitos e vontades, como nos sugere a escultura de Rodin, renasce a esperança – rumo ao futuro. No recolhimento da situação psicanalítica, igual que no silêncio e espaço apontando às alturas de uma catedral, a deriva integrativa do pensamento processa a revisão da história e abre caminho à expansão da mente e conquista de novos horizontes. É a recriação do ser – que agora está verdadeiramente sendo – e do mundo, que se desdobra perante o seu olhar cúmplice. A psicanálise promove, em síntese, uma nova, mais pujante e livre criação – um crescimento identitário e societário; aprendendo com a nova experiência emocional, que é o miolo e o motor da cura psicanalítica. Esta obra dirige-se a psicólogos, clínicos gerais/médicos de família, técnicos de saúde mental, estudantes, assim como público em geral
António Coimbra de Matos (20 de dezembro de 1929 – 1 de julho de 2021)
Foi psiquiatra, pedopsiquiatra e psicanalista e uma figura incontornável na história da saúde mental em Portugal, com incidência no estudo da depressão.
Foi diretor do Centro de Saúde Mental Infantil e Juvenil de Lisboa, onde trabalhou com João dos Santos, o pai da pedopsiquiatria portuguesa, fundador e presidente de várias sociedades científicas e professor no ISPA e na Faculdade de Psicologia de Lisboa.
Em 2012, nos EUA, foi premiado como Distinto Professor de Psicanálise. É autor de variados artigos e livros.