A inovação é um imperativo estratégico para as organizações e os países, pela sua influência na competitividade, o que é reconhecido pela generalidade dos agentes económicos, sociais e políticos. Infelizmente, o conhecimento de um facto não permite, por si só, obter quaisquer resultados. É imprescindível meter mãos à obra, agir, ou seja, inovar.
Embora se tenha vindo a assistir a um envolvimento crescente do tecido empresarial português nas actividades de inovação, a maioria das nossas Micro, Pequenas e Médias Empresas têm ainda um longo caminho a percorrer, precisando incorporar no seu léxico alguns temas decisivos que são abordados na presente obra, nomeadamente, a vigilância tecnológica, o desenvolvimento de novos produtos, a inovação de serviços, a inovação aberta, a geração de ideias, a avaliação de projectos, o marketing e a propriedade intelectual.
Claramente, impõe-se potenciar a nossa criatividade e as nossas competências visando uma competitividade sustentável. Cada uma das nossas organizações, independentemente da sua dimensão, de ser privada ou pública, de actuar na indústria ou nos serviços, tem de se constituir, de facto, como um parceiro de valor acrescentado nos seus mercados, o que implica inovar constantemente, nas distintas vertentes.
Vocacionado para os gestores das nossas organizações – principais responsáveis pelo nosso bem-estar colectivo – e para os estudantes do ensino superior – a quem cabe constituir-se como efectivos agentes de mudança – este livro aborda, de forma prática, as principais etapas do processo de inovação, particularmente nos contextos industrial e de serviços, constituindo-se como uma ferramenta relevante para potenciar a competitividade das nossas organizações, através da adopção de metodologias simples, mas inequivocamente eficazes e eficientes.
Capítulo 1 Inovação: Conceitos e Desafios
1.1 O Novo Desafio: Inovar ou Desaparecer
1.1.1 O Desafio do Ciclo de Vida
1.1.2 O Desafio da Tecnologia.
1.2 O Conceito de Inovação
1.3 Tipos e Classes de Inovações
1.3.1 Inovação Radical face à Inovação Incremental
1.3.2 Inovação de Produto face à Inovação de Processo
1.3.3 Inovação Técnica face à Inovação Administrativa
1.3.4 A Transiliência e as Inovações Radicais
1.4 A Inovação e os seus Riscos
1.5 A Investigação Básica, Investigação Aplicada e o Desenvolvimento (I&D)
1.6 O Processo de Inovação na Empresa
1.7 Síntese Conclusiva
1.8 Referências Bibliográficas
Capítulo 2 A Geração de Ideias
2.1 Introdução
2.2 Vigilância Tecnológica
2.3 Geração de Ideias
2.3.1 Introdução ao Tema
2.3.2 Técnicas e Ferramentas de Apoio à Geração de Ideias
2.4 Técnicas e Ferramentas de Apoio à Gestão de Ideias
2.4.1 Portefólio de Ideias
2.4.2 Fontes Alternativas (externas e internas)
2.4.3 A Teoria da Solução Inventiva de Problemas (TRIZ)
2.4.3.1 Conceitos Fundamentais
2.4.3.2 Ferramentas para a Análise e Formulação de Problemas
2.5 Síntese Conclusiva
2.6 Referências Bibliográficas
Capítulo 3 Desenvolvimento e Avaliação de Projetos de Inovação
3.1 Introdução
3.2 Projeto de Inovação
3.2.1 Modelo das Etapas Departamentais
3.2.2 Modelo da Atividade-etapa e Engenharia Simultânea
3.2.3 Processo Etapa-Portão
3.2.4 Modelo de Equipas Multifuncionais
3.2.5 Modelo de Etapa-Decisão
3.2.6 Modelo de Processo de Conversão
3.2.7 Modelo em Rede
3.2.8 Fatores Críticos e Desafios Associados ao DNP
3.3 Metodologias de Gestão dos Projetos de Inovação
3.3.1 Stage-Gate
3.3.2 A Estrutura do Stage-Gate
3.3.3 Gestão de Equipas de Desenvolvimento de Produto
3.3.4 Desafios do Projeto de Inovação
3.4 Métodos de Avaliação dos Projetos de Inovação
3.4.1 Metodologias Quantitativas para Baixos Graus de Incertezas
3.4.2 Metodologia Qualitativa para Elevados Graus de Incertezas
3.4.3 Métodos Prospetivos
3.4.3.1 Entrevista/Consulta a Peritos
3.4.3.2 Método Delphi
3.4.3.3 Cenários
3.5 Síntese Conclusiva
3.6 Referências Bibliográficas
Capítulo 4 Novas Perspetivas Tecnológicas nos Processos de Conceção e Desenvolvimento4.1 Introdução
4.2 As Tecnologias de Conceção
4.2.1 Os Projetos 2D e 3D
4.2.2 O Modelo Organizacional nas Empresas
4.2.3 A Formação
4.2.4 As Ferramentas de Modelação
4.2.5 O Processo Inverso
4.3 A Prototipagem Virtual
4.3.1 Utilização da Prototipagem Virtual
4.3.2 Realidade Virtual
4.4 A Tecnologia de Maquinagem CNC
4.4.1 A Programação CNC e os Sistemas CAM
4.4.2 Tecnologia de Maquinagem em Alta Velocidade
4.5. A Prototipagem Rápida
4.5.1 A Estereolitografia
4.5.2 A Sinterização Seletiva a Laser
4.5.3 Modelação por Fusão e Deposição
4.5.4 Impressão 3D (ZPrinter®)
4.5.5 Impressão 3D (Polyjet™)146
4.5.6 Impressão 3D (DLP, Digital Light Projection)
4.6. Os Processos de Fabrico Rápido
4.6.1 O Processo de RTV
4.6.2 O processo RIM (Rapid Injection Moulding)
4.7 Síntese Conclusiva
4.8 Referências Bibliográficas
Capítulo 5 O Papel do Marketing no Processo de Inovação
5.1 Introdução
5.2 A Inovação: Uma Questão de Marketing Interno
5.3 Uma Forte Orientação para o Mercado
5.4 Rumo a um Process Based Marketing
5.5 O Papel do Marketing na Deteção das Tendências do Mercado e do Comportamento dos Consumidores
5.5.1 A Investigação de Mercados
5.5.2 Monitorizar o Processo: Testar, Testar, Testar!
5.6 Trazer os Clientes para o Processo de Inovação: a Co-creation
5.7 Os Limites da Segmentação
5.8 O Marketing e a Busca de Novas Ideias
5.9 Do Produto/Serviço ao Conceito
5.10 O Lançamento e Difusão das Inovações: Ideias, Conceitos, Produtos e Serviços
5.11 Por uma Comunicação Alternativa
5.12 Métricas para a Inovação
5.13 Conclusão
5.16 Referências Bibliográficas
Capítulo 6 O Desenvolvimento de Novos Serviços
6.1 Introdução
6.2 Classificação dos Serviços
6.2.1 O tipo de mercado
6.2.2 O fator de produção determinante
6.2.3 O grau de contacto com o cliente
6.2.4 As competências do fornecedor
6.2.5 Os objetivos do fornecedor
6.2.6 Tipo de Novos Serviços
6.3 A Especificidade dos Serviços
6.3.1 Intangibilidade
6.3.2 Heterogeneidade
6.3.3 Simultaneidade
6.3.4 Perecibilidade
6.4 A Focalização nos Clientes
6.4.1 A Relevância da Cultura
6.4.2 Estratégia
6.4.3 Suporte Físico
6.4.4 Processo
6.4.4.1 O Papel da Tecnologia
6.4.5 Pessoas
6.5 O Processo de Desenvolvimento de Novos Serviços
6.5.1 Geração de Ideias
6.5.2 Análise Preliminar
6.5.3 Análise do Negócio
6.5.4 O Desenvolvimento do Serviço
6.5.5 Testes
6.5.6 O Lançamento do Serviço
6.5.7 Avaliação Pós-lançamento
6.6 Conclusão
6.7 Referências Bibliográficas
Capítulo 7 Propriedade Intelectual7.1 Introdução
7.2 Noções Gerais sobre Propriedade Intelectual
7.3 Propriedade Intelectual e Desenvolvimento Económico
7.3.1 Propriedade Intelectual, Criação de Riqueza e Inovação
7.4 Instrumentos de Propriedade Intelectual
7.4.1 Patentes
7.4.2 Modelos de Utilidade
7.4.3 Topografias de Produtos Semicondutores
7.4.4 Desenhos ou Modelos
7.4.5 Marcas
7.4.6 Direitos de Autor e Direitos Conexos
7.5 Portefólio de Direitos de PI, Estratégia de PI e Estratégia da Empresa
7.6 O Diretor de Propriedade Intelectual na Empresa
7.7 Cultura de Propriedade Intelectual na Empresa
7.7.1 Sensibilização Geral dos Trabalhadores
7.7.2 Regulamento de PI e Remuneração da Atividade Inventiva
7.7.3 Avaliação de Invenções
7.7.4 Licenças Dependentes
7.7.5 Workshops de Invenção “a pedido
7.7.6 Cadernos Laboratoriais
7.7.7 Declaração de Invenção
7.7.8 Concursos para a Escolha da Marca
7.8 Tarefas dos Gestores de Propriedade Intelectual
7.8.1 Elaborar Relatórios de Informação Estatística
7.8.2 Monitorizar as Atividades dos Concorrentes
7.8.3 Zelar pela Garantia dos Direitos (enforcement)
7.8.4 Explorar Hipóteses de Licenciamento
7.8.5 Estimar o Valor Relativo de Portefólios
7.8.6 Usar Oposição, Recurso, Anulação
7.8.7 Cartas de Cessação/Desistência
7.8.8 Inventar Torneando (invent around)
7.8.9 Desenvolver uma Estratégia de Cercadura de Postes (picket fence)
7.8.10 Decisão sobre Segredo Tecnológico
7.8.11 Recurso à Publicação Defensiva
7.8.12 Monitorização Permanente do Portefólio
7.9 Conclusão
7.10 Referências Bibliográficas
Anexo I Teor da patente nacional nº 99183, comentado
Anexo II Exemplos de modelo de utilidade
Anexo III Exemplos de proteção de design
José Dantas
Professor Adjunto no Instituto Politécnico de Leiria (ESTG) e membro fundador do CIGS (Centro de Investigação em Gestão para a Sustentabilidade – Instituto Politécnico de Leiria). Doutorado em Ciências Económicas e Empresariais pela Universidade Autónoma de Madrid, possui um M.B.A. em Gestão Internacional e uma Licenciatura em Organização e Gestão de Empresas. Formador e consultor nas áreas de Inovação, Marketing e Estratégia.
António Carrizo Moreira
Professor Auxiliar do Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial da Universidade de Aveiro, onde se dedica à investigação nas áreas da estratégia, inovação e marketing no GOVCOPP. Doutorado em Gestão pela UMIST, agora Universidade de Manchester, no Reino Unido, com especialização em Inovação e Gestão Tecnológica, possui uma licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e um Mestrado em Gestão de Empresas, ambos pela Universidade do Porto. Consultor e investigador em projetos de investigação.