A geografia de Portugal está a mudar. Os novos desafios mundiais e os processos em curso estão a produzir novas territorialidades. O aumento da diferenciação social e o aparecimento das economias do conhecimento vêm a par de uma nova urbanidade e de uma forma diferente de construir a cidade.
A economia do conhecimento avança enquanto os sedimentos da economia fordista e as "velhas" áreas industriais procuram adaptar-se às dinâmicas de globalização e de diferenciação territorial, onde o local e o global buscam de certa forma integrar-se; o individualismo e o reforço das diferenças sociais reflectem uma sociedade mais segmentada, onde é crucial gerir a liberdade e as capacidades individuais com a necessária justiça social; com o novo urbanismo as cidades cresceram, estenderam-se e fragmentaram-se, tornando-se estruturas multifuncionais de grande dimensão, ao mesmo tempo que os outros territórios ficaram abandonados aos seus recursos naturais e procuram recriar-se.
Que territórios temos no início deste século e como é que eles se preparam para os novos desafios?
Esta é a pergunta à qual a autora tenta responder.
Teresa Sá Marques