O intercâmbio vivo entre netos, pais e avós, muito ao invés de criar uma geração sandwich – a dos pais – como alguns temeram e supuseram, construiu sim uma adultícia média menos arrogante, menos controladora e menos poderosa. O poder é agora mais transversal e a sua distribuição menos hierarquizada. Os pais já não são leões; os filhos, ratinhos; e os avós, dinossáurios. São todos gente: inteligente, decidida e capaz. Já não é a «cadeia de comando» mas a complementaridade da decisão convencionada. Os avós lúcidos e generosos – que ainda os há – querem um mundo vivível para os netos que amam e admiram.
Francine Ferland