Mais do que um livro, este é o documento que faltava ao futebol português. Pela primeira vez, um árbitro, ainda por cima internacional, famoso, discutido, polémico, irreverente, revela a sua vivência de mais de vinte e cinco anos no seio do futebol.
Sem azias, Jorge Coroado traça o retrato fiel do que têm sido os processos e a forma muito peculiar de fazer futebol em Portugal. Das cunhas às trocas de favores, das jantaradas às tentativas de coacção e corrupção, do papel da imprensa aos casos mais caricatos e hilariantes, pouco ou nada ficou aqui por dizer. Com alguns intérpretes que todos conhecemos. De gingeira.
A 1 de Junho de 1980 e delegação de Lisboa do saudoso "O Comércio do Porto" abriu-lhe as portas ao jornalismo. Poucos dias depois os seus chefes, Alves dos Santos (esse mesmo) e Mário Branco dissiparam-lhe as dúvidas que ainda poderia ter. Por lá ficou seis anos e meio, onde aprendeu muito mais do que apenas jornalismo. Dali arrancou para um périplo por muitos títulos, que não cabem neste espaço. Alguns ajudou a nascer ("Gazeta", "Lusa", "Pùblico", "24 Horas"). Depois, como comentador, chegaram as rádios e as televisões ("TSF", "Antena 1", "TVI", "RTP"). Pelo meio e até hoje, continua, com grande orgulho, ligado a duas grandes instituições: FIFA e UEFA.
Jorge Coroado
Nasceu em Carnaxide, Oeiras, a 23 de Março de 1956. Alguns anos depois praticava atletismo no clube do seu coração - Os Belenenses. A arbitragem foi outro amor que abraçou em 1975 e que durou até 2001. Os últimos 11 anos já com as insígnias da FIFA. Dirigiu duas finais da Taça de Portugal (1977 e 2001), duas meias-finais da Taça das Taças, uma final do Torneio de Toulon e outra do Dallas Cup. Foi agraciado com duas medalhas de ouro: mérito desportivo do Governo da República e da Câmara Municipal de Oeiras. É sócio de mérito da FPF e honorário da AFL. A sua paixão pela arbitragem mantém-se viva ao serviço de diversos orgãos de comunicação social - da imprensa, da rádio e da televisão.