Do mesmo autor de A Construção da Democracia em Portugal chega-nos agora um estudo sobre uma das personagens mais controversas do Iluminismo português: Sebastião José de Carvalho e Melo, conde de Oeiras e Marquês de Pombal, é, sem sombra de dúvida, uma das maiores figuras da História de Portugal. Não só a sua acção de estadista é recordada pela reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1755 e pela criação da primeira região vinícola demarcada do mundo, mas também por ser o homem que reforçou o poder do Estado perante os estados. Reprimiu o povo que se opunha à criação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro; executou o duque de Aveiro e encarcerou muitos outros nobres e, por fim, expulsou os Jesuítas do Reino e Domínios Ultramarinos, iniciando o processo que levaria à extinção da Sociedade de Jesus pelo papa. Era um "déspota iluminado", como outros grandes estadistas do seu tempo e, como eles, um político admirado por uns, repudiado por outros e temido por muitos. Kenneth Maxwell, o autor deste ensaio, revela-nos o Marquês do Pombal como uma personagem paradoxal do Iluminismo português, apresentando as suas acções políticas sem cair em posições maniqueístas, o que resultou num retrato que em muito contribui para o conhecimento da obra desta notável figura da nossa história.
Kenneth Maxwell é "Senior Fellow" no «Council on Foreign Relations» de Nova Iorque, e também foi o fundador do Centro de Estudos Camonianos na Universidade de Columbia nos EUA. Autor de inúmeras publicações de pendor historicista, muitas tendo como tema Portugal e a sua política, frequentou o St. John's College, Cambridge e a Universidade de Princeton, onde foi membro do Instituto de Estudos Avançados. Maxwell é também membro honorário do «Romance Institute» da Universidade de Londres.