Bernard Honoré partilha o seu percurso no centro da experiência humana do cuidar, e procura desvendar o esforço da experiência enfrentada pelos cuidadores de hoje, para o traduzir por palavras.
Para tal, optou por se apoiar na leitura de artigos publicados na revista Perspective Soignante, cujo lema é "para uma prática com sentido e respeitadora das pessoas" e onde foram publicados artigos escritos por profissionais do cuidar e da saúde, psicológicos, filósofos, sociólogos, gestores, etc.
Aparecem entre os textos "nós de ressonância" em torno das questões importantes que se levantam na perspectivação do cuidado: o apelo a uma ética do cuidar, as modalidades de cooperação nas práticas do cuidar, a experiência do envelhecimento e do fim da vida, a formação para cuidar - todas as questões que interpelam os cuidadores de hoje.
Motivado pela corrente de pensamento que todos esses autores procuram defender, Bernard Honoré apresenta uma visão dos cuidados a que ele chama "humanismo humanizante".
Cuidar assume, então, o significado de deixar emergir a sua humanidade no outro, independentemente do seu estatuto e situação em que se encontra.
Esta obra é, para todos aqueles que buscam um sentido a dar à sua prática, um convite para dialogarem e escreverem cada vez mais, sobre a sua experiência do cuidar.
Bernard Honoré é presidente do Institut de Formation et d'Études Psychoso-ciologiques et Pédagogiques (IFEPP) que fundou em 1965 com Lucien Mehl. É autor de numerosos livros e artigos sobre a formação e sobre o hospital. Psiquiatra, psico-sociólogo e filósofo, as suas investigações situam-se hoje na encruzilhada das ciências humanas e das filosofias existenciais.