James Lovelock, criador da teoria de Gaia e o maior ambientalista do nosso tempo, produziu uma surpreendente nova teoria sobre o futuro da vida na Terra. Após 300 anos, a era do Antropoceno chegou ao fim, abrindo portas ao Novaceno.
Nesta nova era, os sistemas de inteligência artificial já existentes irão criar novos seres com um poder cognitivo 10 000 superior ao nosso. Os seres humanos serão vistos como criaturas lentas e contemplativas. Mas nada disto tomará contornos de ficção científica, nem seremos violentamente dominados por criaturas superiores.
Estas novas entidades serão tão dependentes do planeta como nós, e todos os seres (humanos e não humanos) desempenharão papéis cruciais para garantir a sobrevivência da Terra e da humanidade. Aos 100 anos, Lovelock dá provas da sua inesgotável vitalidade ao produzir a sua obra mais importante.
James Lovelock é autor de mais de 200 artigos científicos e da Hipótese da Gaia (agora Teoria de Gaia), sobre a qual escreveu vários livros. É membro da Royal Society desde 1974. A partir de 1961, trabalhou como cientista independente, mas manteve ligações com universidades no Reino Unido e nos EUA e é, desde 1994, membro honorário convidado do Green College, da Universidade de Oxford. Descrevem-no como «um dos maiores pensadores do nosso tempo» (New Scientist) e «uma das figuras mais influentes do movimento ambientalista» (Observer). Em setembro de 2005, a revista Prospect classificou-o entre os cem maiores intelectuais a nível mundial.