Manhattan é o cenário onde se encena o último ato da civilização ocidental. Com a explosão demográfica e a invasão de novas tecnologias, Manhattan se converteu, desde meados do século XIX, no laboratório de uma nova cultura, a da congestão. É uma ilha mítica onde se torna realidade o inconsciente coletivo de um novo modo de vida metropolitano, uma fábrica do artificial onde o natural e o real deixaram de existir.
Nova York delirante é um 'manifesto retroativo', uma interpretação da teoria não-formulada que rege o desenvolvimento de Manhattan. Este livro, polêmico e premonitório (escrito por um dos mais instigantes arquitetos e teóricos da atualidade) ilustra as relações entre um universo metropolitano mutante e a singular arquitetura que pode produzir; e afirma também que, com freqüência, a arquitetura gera a cultura.
Rem Koolhaas (1944) é arquitecto pela Architectural Association de Londres. Fundou o Office for Metropolitan Architecture (OMA) em 1975 juntamente com Elia e Zoe Zenghelis e Madelon Vriesendorp. Foi professor convidado da Architectural Association de Londres e da Harvard University e, entre outros prémios, em 2000 recebeu o Prémio Pritzker. É autor de Delirious New York (1978; versão portuguesa: Nova York delirante, Editorial Gustavo Gili, Barcelona, 2008) e co-autor de S, M, L, XL (1995), Mutations (2000), Great Leap Forward (2001), The Harvard Design School guide to shopping (2001), Content (2004), Post-occupancy (2006) e Al Manakh (2007).