Esta obra pretende enquadrar o leitor na área de estudo da excelência e do desenvolvimento desportivo, promovendo e apontando a um estudo mais profundo. Sublinhando que as perspetivas científicas que fundamentam o desenvolvimento da performance humana no desporto não são meros entalhes estratégicos ao dispor do treinador e das organizações desportivas, dependendo sempre da qualidade e da seletividade das condições de desenvolvimento proporcionadas ao longo da carreira do/a atleta, são abordados dois grandes eixos de discussão – os indicadores que explicam momentaneamente o desempenho desportivo e os processos (dinâmicos) que promovem o desenvolvimento da excelência no tempo, expondo a estrutura multifatorial da excelência no desporto, e a principal fundamentação teórica e empírica dos modelos de desenvolvimento desportivo a longo prazo.
AGRADECIMENTOS
PREFÁCIOS
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1 | O DESENVOLVIMENTO DO TALENTO E DA EXCELÊNCIA NO DESPORTO ENQUANTO PROJETO PEDAGÓGICO NO ENSINO SUPERIOR
1.1. Desafios da ciência e metas principais ao estudo da excelência desportiva
1.2. O tema da excelência desportiva nos planos de estudos em Ciências do Desporto - o exemplo na Universidade da Beira Interior
CAPÍTULO 2 | PRESSUPOSTOS TEÓRICOS E CONCEPTUAIS SOBRE IDENTIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EXCELÊNCIA NO DESPORTO
2.1. Introdução ao estudo da excelência desportiva
2.1.1. A dicotomia Nurture vs. Nature
2.1.2. Sorte - um parceiro silencioso do sucesso no desporto
2.2. Breves clarificações terminológicas
2.2.1. Competência
2.2.2. Perícia e habilidade
2.2.3. Talento desportivo
2.2.4. Deteção, identificação, seleção, promoção e orientação de talentos
2.2.5. Desenvolvimento da excelência no desporto
2.3. Algumas razões para a ineficácia das medidas de identificação e de desenvolvimento do potencial atlético
2.4. Razões para uma consciência ética do treinador
CAPÍTULO 3 | PERSPETIVAS DISCIPLINARES NA IDENTIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EXCELÊNCIA NO DESPORTO
3.1. Perspetiva biológica 63
3.1.1. Implicações da idade, do crescimento e do estágio de maturação 63
3.1.2. A genética da excelência desportiva
3.2. Perspetiva psicológica 71
3.2.1. Motivos para a participação e abandono no desporto
3.2.2. Importância da competência motora na participação
3.2.3. Personalidade e competências psicológicas
3.3. Perspetiva sociológica
3.3.1. Aproximação à Teoria dos Sistemas Bioecológicos de Bronfenbrenner
3.3.2. Influentes do meio social
3.3.2.1. A intermediação da cultura através do desporto
3.3.2.2. A influência dos media sobre os atletas e equipas
3.3.2.3. As desigualdades económicas - ainda um inibidor da prática desportiva
3.3.2.4. Local de residência e nascimento - nichos de “talento-cultura”
3.3.2.5. Política desportiva: Portugal pode ser maior do que a soma das partes
3.3.3. Suporte, recursos e qualidade da preparação desportiva
3.3.3.1. Suporte social 110
3.3.3.2. O treinador eficaz e a sua relação com o atleta
3.3.3.3. Disposições qualitativas da preparação desportiva
3.3.3.4. Oportunidades para uma carreira dual e no pós-carreira
CAPÍTULO 4 | MODELOS DE DESENVOLVIMENTO DESPORTIVO
4.1. Início da prática, idade de obtenção das melhores marcas e respetiva progressão da performance desportiva
4.2. O valor (abstrato) dos modelos de desenvolvimento desportivo
4.2.1 O modelo tradicional de desenvolvimento desportivo
4.2.2 Modelos atuais de participação e desenvolvimento desportivo
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Proveniência de alguns textos e contributos recebidos
Aldo Matos da Costa
Licenciado e mestre em Educação Física e Desporto pela Universidade de Trás os-Montes e Alto Douro (UTAD), doutorou-se em Ciências do Desporto pela Universidade da Beira Interior (UBI) em 2009, onde exerce funções de docente desde 2007. Nesta universidade, tornou-se Professor Associado com Agregação em 2020, tendo ocupado funções de vice-presidente da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH), de diretor de curso, de membro do conselho pedagógico e científico da FCSH, de secretário do senado da UBI, e de coordenador de mobilidade.
Publicou em coautoria 5 livros e mais de uma centena de artigos científicos, com ênfase nas áreas do treino desportivo, da fisiologia do exercício, e da competência aquática. A convite da Fundação para Ciência e Tecnologia, foi membro em vários painéis de avaliação de concursos públicos para atribuição de bolsas de doutoramento e pós-doutoramento.
Antes da sua atividade como académico, foi nadador e treinador de natação, coordenador pedagógico de escolas de natação, e técnico superior de desporto. Foi eleito em 2017 presidente da direção da Associação Portuguesa de Técnicos de Natação, atividade associativa que atualmente acumula com a vice-presidência da Confederação Portuguesa das Associações de Treinadores.
No plano internacional, foi ainda membro da comissão executiva do International Society for Comparative Physical Education and Sport, e especialista convidado na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, na World Aquatics e, mais recentemente, na LEN - European Aquatics.