Há uma pesquisa e reflexão constante para encontrar o balanço devido entre o acento sobre o neurofisiológico e o fulgor do conceito, que ao longo de todo o escrito se estendem numa bem-sucedida tentativa de inquietação epistemológica para compreender. É pois um Livro para se compulsar, para se estudar, para se consultar e reflectir, mas onde é necessário estar muito atento ao facto de que, na Clínica, temos de resistir à tentação de usar as neurociências como defesas contra a consciência dum ainda não saber, dum espaço interior de dúvida optativa, bases da descoberta psicodinâmica versus racionalizações enganadoras.
Ana Sofia Nava