O que faz um médico veterinário?
Previne, diagnostica e trata as doenças dos animais. Ajuda também a prevenir a transmissão de agentes zoonóticos aos humanos e certifica a segurança dos alimentos.
A que espécies animais se dedica?
Principalmente aos animais domésticos (gatos, cães, galinhas, cavalos, vacas, ovelhas, porcos, cabras, coelhos e peixes), mas também às espécies selvagens, animais exóticos, aves de estimação e peixes ornamentais.
Onde trabalha?
A maioria em hospitais e consultórios, havendo também veterinários a trabalhar em explorações pecuárias, matadouros, organismos públicos, empresas, laboratórios e reservas naturais.
Como está estruturada a sua formação?
Nos três primeiros anos estudam a anatomia, a fisiologia e o comportamento dos animais, as suas doenças e a terapêutica. Nos dois anos seguintes aprendem procedimentos clínicos e não clínicos. No sexto ano realizam um estágio num dos domínios da profissão.
É uma profissão difícil?
Sim. Um veterinário necessita de dedicação, conhecimento, mundividência e um sentido ético apurado; é cada vez menos frequente as pessoas entenderem (e respeitarem) os animais na sua essência, tendendo ora a humanizá-los ora a mecanizá-los.
Neste livro reflete-se, precisamente, sobre a evolução da medicina veterinária e sobre a evolução do relacionamento dos humanos com os animais.
Paulo Manuel Rodrigues Martins da Costa, nascido em Lisboa em 1968, licenciou-se em Medicina Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa em 1994 e doutorou-se em Ciências Biomédicas pelo ICBAS (Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar da Universidade do Porto) em 2006. Antes de ter iniciado a sua atividade académica, dedicou-se à clínica e cirurgia de espécies pecuárias e animais de companhia e foi inspetor sanitário, diretor técnico de uma empresa avícola e empresário. Também se envolveu em diversas iniciativas de desenvolvimento rural. O livro MUITAS ESPÉCIES, UMA SÓ MEDICINA VETERINÁRIA foi a sua primeira incursão no apaixonante, mas trabalhoso, mundo da escrita. Nele verteu as suas vivências de veterinário nómada em busca de um qualquer recanto agradável dentro do imenso universo da profissão. Veio a encontrá-lo na ciência e no ICBAS. A sua atividade científica reparte-se entre o ensino (tecnologia e segurança alimentar) e a investigação das resistências bacterianas aos antibióticos. A sua mundivivência reparte-se entre a cidade (confortável e buliçosa) e o campo, um local onde é mais fácil aprender o compêndio das relações humanas e a dependência que temos da terra que nos sustenta. A sua sensibilidade reparte-se entre o rigor racional da ciência e a imaginação poética dos anciãos da aldeia dos seus avós.