O morrer não é um mistério, é uma banalidade necessária à persistência do fenómeno vital no mundo natural. A interrogação, muito antiga e radical, sobre qual a essência do espírito dos seres humanos perturba toda a interpretação do morrer humano e abre outra pergunta: o que é que morre quando morre uma pessoa? Jorge Cruz, que é médico, sabe bem, e defende neste trabalho, que o morrer humano, seja qual for a sua causa originária, só está completo quando todas as actividades cerebrais estão perdidas de forma irreversível. Tema actual. A sua leitura é imprescindível para compreender a questão da transplantação de órgãos de dador morto ou do momento em que se deve desligar a pessoa dos meios de suporte de vida.
Jorge Cruz
Licenciou-se em Medicina em 1992 no Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar da Universidade do Porto. É especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular desde 2001, tendo feito a sua formação no Hospital de St. António (Internato Geral) e Hospital de S. João (Internato Complementar). Presentemente, exerce atividade clínica no distrito do Porto.
Em 2004, obteve o grau de Mestre em Bioética e Ética Médica pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Publicou nesse ano o livro Morte Cerebral – Do Conceito à Ética (Climepsi, 2004), elaborado a partir da dissertação de mestrado.
É autor de mais de 50 artigos científicos e sobre temas médicos, além de revisor de artigos propostos para publicação na Revista da Associação Médica Brasileira.
É Diretor Associado e integra o corpo docente da PRIME - Partnerships in International Medical Education, promovendo ações de formação em Portugal e países de língua oficial portuguesa.
Em 2012, obteve o grau de Doutor em Bioética pela Universidade Católica Portuguesa, com a mais elevada classificação (Summa cum laude). A sua tese de doutoramento foi orientada pelo Prof. Doutor Daniel Serrão e serviu de base à elaboração do livro Que Médicos Queremos? – Uma abordagem a partir de Edmund D. Pellegrino (Almedina, 2012).