Três zonas e uma imensidão de litorais: Miró amava a Catalunha e as terras vermelhas da sua região; Paris, o seu mundo, o lugar miraculoso da sua ascensão, os amigos poetas; Maiorca, a terra-mãe, os pinheiros e as alfarrobeiras diante do esplendor do céu. Atracou em todas as margens da arte, explorou todos os seus recantos: fauvismo, cubismo, realismo «detalhista», pinturas oníricas, colagens, quadros-poemas, livros ilustrados, esculturas, cerâmicas. É uma progressão solitária, cheia de cores, afastada dos movimentos e das teorias o que Juan Punyet-Miró e Gloria Lolivier-Rahola aqui descrevem. Um encaminhamento no termo do qual, aos noventa anos de idade, trabalho obstinado e magia pura acabaram por se confundir no encantamento da cor.
Gloria Lolivier-Rahola e Joan Punyet Miró