O mercado infantil envolve crianças, famílias e empresas que vendem produtos (bens e serviços) a esses consumidores. A importância da criança como mercado consumidor vai além daqueles produtos básicos normalmente relacionados a ela, como brinquedos, guloseimas e jogos. Sua influência extrapola para outras decisões familiares tanto de forma direta (a criança pede diretamente um produto) como indireta (os pais pensam na criança na hora de comprar). Se levarmos em conta todo o potencial de influência que os infantes têm nos mais diversos segmentos, como automóveis, férias em família, eletroeletrônicos, percebe-se que esse mercado é muito maior do que se pode imaginar. Ao tratar do público infantil, é indispensável procurar fontes múltiplas de conhecimento para fundamentar a discussão com a profundidade necessária. Para isso buscou-se apoio na psicologia, na pedagogia e entre aqueles que estudam o desenvolvimento físico, cognitivo e social da criança. Ao longo do texto, são abordados trabalhos publicados no Brasil, assim como estudos seminais realizados, primordialmente, nos Estados Unidos e, em menor extensão, na Europa e na Ásia. Buscou-se apoio também nas inúmeras pesquisas realizadas pelos autores ao longo dos últimos seis anos com crianças e suas famílias, empresas de brinquedo, varejistas e profissionais de marketing. Para pesquisar esse público, trabalhou-se com os mais diversos métodos, entre eles observação, coleta de desenhos e entrevistas. Desse esforço de pesquisa bibliográfica e empírica resultou Marketing e o mercado infantil, que se configura como um compêndio sobre as questões relacionadas à comercialização de produtos aos infantes, e, fundamentalmente, analisa como o marketing pode ser aplicado adequadamente ao mercado infantil.
Andres Rodriguez Veloso, Diogo Hildebrand e Marcos Cortez Campomar