A vermicompostagem e a vermicultura possuem um papel fundamental na manutenção dos ecossistemas agrícolas e no desenvolvimento de uma agricultura sustentável, sendo a sua fertilização baseada numa utilização de fatores de produção de características orgânicas que promovem a valorização dos resíduos e a ciclagem e dinâmica dos nutrientes no solo e na planta.
Nesta base, o tratamento dos resíduos da exploração por vermicompostagem, a produção de minhocas em vermicultura e a aplicação de produtos resultantes da vermicompostagem constituem atividades que deverão ser realizadas de forma correta e rigorosa de modo a gerarem, com os benefícios ambientais acrescidos, autonomia para o produtor. Este livro, desenvolvido para técnicos do Ambiente e Agronomia bem como para todos os que, de uma forma geral, pratiquem ou pretendam desenvolver agricultura e horticultura familiar (rural ou urbana) de uma forma sustentável, permite desmistificar mas sobretudo inovar de uma forma quer técnica quer prática, os principais conceitos acerca da vermicompostagem e da vermicultura.
Escrito por Nelson Lourenço, especialista em vermitecnologia, este livro tem como objetivo servir de apoio à decisão dos produtores e afirmarse como uma referência para a utilização da vermicompostagem e da vermicultura nas explorações e hortas familiares ou, na sua impossibilidade, simplesmente na utilização dos produtos obtidos a partir destas.
Prefácios
Abreviaturas e siglas
Simbologia e unidades
Elementos e compostos químicos
Nota do autor
I. AGRICULTURA CONVENCIONAL VERSUS AGRICULTURA ORGÂNICA
1. Enquadramento
1.1. Impactes ambientais associados à agricultura convencional
1.2. Um novo paradigma - a agricultura orgânica
II. IMPORTÂNCIA DA VERMICOMPOSTAGEM PARA A AGRICULTURA ORGÂNICA
2. Resíduos orgânicos e matéria orgânica
2.1. Matéria orgânica, fertilidade e produtividade do solo
2.2. Gestão dos resíduos orgânicos produzidos nas explorações
2.3. Regulamentação e enquadramento
III. FLUXOS DE RESÍDUOS ORGÂNICOS COM INTERESSE PARA TRATAMENTO
3. Fluxos de resíduos orgânicos
3.1. Identificação
3.2. Caracterização
IV. A IMPORTÂNCIA DAS MINHOCAS NOS ECOSSISTEMAS TERRESTRES
4. A importância das minhocas nos ecossistemas terrestres
4.1. Benefícios para o solo e agricultura
4.2. Taxonomia, filogenia e características
V. VERMICOMPOSTAGEM
5. Vermicompostagem
5.1. Principais noções
5.2. Cadeia trófica
5.3. Fases/sequência do processo
5.4. Escalas de tratamento
5.5. Sistemas utilizados
5.6. Caracterização dos resíduos
5.7. Produtos obtidos
5.8. Produção de vermicomposto
5.9. Produção de lixiviado, extrato arejado e chá de vermicomposto
5.10. Cinética de tratamento e de produção de vermicomposto
5.11. Separação do vermicomposto das minhocas
5.12. Controlo do processo
5.13. Dimensionamento de uma unidade de vermicompostagem na exploração agrícola
VI. VERMICULTURA
6. Vermicultura
6.1. Principais diferenças comparativamente à vermicompostagem
6.2. Fases/sequência do processo
6.3. Sistemas utilizados - caracterização e iniciação
6.4. Separação das minhocas do vermicomposto
6.5. Soluções de mercado para as minhocas
6.6. Processamento das minhocas
6.7. Caracterização nutritiva e energética das minhocas
6.8. Cinética de crescimento de populações
VII. DESCRIÇÃO DETALHADA DOS PRODUTOS E SUBPRODUTOS
7. Descrição detalhada dos produtos e subprodutos
7.1. Vermicomposto
7.2. Lixiviado, extrato e chá de vermicomposto
7.3. Regulamentação
7.4. Qualidade do vermicomposto e sua relação com os materiais iniciais e a qualidade dos subprodutos
VIII. APLICAÇÃO DOS FATORES DE PRODUÇÃO
8. Aplicação dos fertilizantes
8.1. Vermicomposto
8.2. Lixiviado, extrato e chá de vermicomposto
8.3. Fatores que influenciam o crescimento e as produções
IX. PLANEAMENTO DA FERTILIZAÇÃO
9. Planeamento da fertilização
9.1. Enquadramento e objetivos
9.2. Quantificação dos teores em nutrientes
9.3. Balanço de nutrientes
9.4. Casos práticos
Glossário
Referências bibliográficas
Nelson Miguel Guerreiro Lourenço
Nasceu a 7 de julho de 1979, em Lisboa. Engenheiro do Ambiente (pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, ULHT), Mestre em Gestão Sustentável dos Espaços Rurais (pela UAlg) e Doutorando (ambos pela Universidade do Algarve, UAlg).
Desde 2007, é diretor-geral da FUTURAMB, coordenando o Centro de Pesquisa e Investigação em Vermicompostagem e a Unidade de Valorização Orgânica, sendo igualmente diretor do laboratório FUTURLAB da FUTURAMB.
É consultor, formador e investigador em vermitecnologia, possuindo vasta experiência nos domínios da vermicompostagem, vermicultura, vermifertilização, vermiponia e vermirremediação.