A comunicação como nunca antes foi explicada.
O que é que uma agência de publicidade tem a ver com a desmobilização das FARC, na Colômbia, e o com o Guggenheim em Bilbau? Uma vontade de mudança! E José Mourinho, Steve Jobs, o Papa Francisco ou Trump? Mais do que imaginamos! As suas histórias de vida, os momentos de superação ou fracasso, a determinação de uns, as dúvidas e as incertezas, a intolerância e o radicalismo de outros, ajudam-nos a perceber as bases que suportam uma boa comunicação, perceber que Obama, John Kennedy e Winston Churchill protagonizaram no arranque das suas carreiras campanhas sofríveis, com uma oratória e um estilo sem o fulgor e a força que hoje todos recordamos
Num rendilhado de memórias que se cruzam ao longo de todo o livro, viajamos por diferentes épocas e locais, convivemos com uma paleta variada de protagonistas, alguns mais mediáticos, consensuais ou admirados, outros mais polémicos ou odiados, mas todos, no seu tempo e com a sua marca, impuseram mudanças, revolucionaram o nosso quotidiano, surpreenderam pela persistência ou integridade dos seus gestos e palavras ou pela falta de carácter e pela imprevisibilidade dos seus comportamentos e intervenções.
Num estilo jornalístico, com uma minucia de detalhes e uma cadência invulgar, o puzzle de histórias vai encaixando numa dinâmica que prende o leitor. É uma obra para todos, pela relevância dos episódios que habitam nas suas páginas e em que somos convidados a entrar. Não há conceitos teóricos ou explicações intermináveis ou maçadoras, apenas momentos e factos relevantes, alguns invulgares e pouco conhecidos, que nos permitem melhorar as nossas competências e perceber a razão da marca que cada um deles deixou ou vai deixar como legado.
O autor foi jornalista, esteve no arranque de alguns dos mais relevantes projetos de comunicação em Portugal, trabalhou, dirigiu e fundou algumas agências de comunicação, trabalhou com políticos, empresários e desportistas. Foi consultor de um Presidente da República e liderou durante oito anos a comunicação do maior clube de futebol português. É dessa experiência que nasce este livro. Viveu algumas das histórias que partilha, buscou outras, pesquisou sobre elas de forma a dar consistência a um livro que faz do storytelling a sua âncora.
João Gabriel
Nasceu em Outubro de 1965. Frequentou a Faculdade de Direito de Lisboa, não chegando, porém, a completar o curso. Com o surgimento da TSF, deixa-se seduzir pelo jornalismo e é na telefonia sem fios, fundada por Emídio Rangel, que iria viver alguns dos momentos mais marcantes da sua vida profissional. Foi o primeiro jornalista ocidental a entrar, de forma clandestina, em Timor-Leste, depois do massacre de Santa Cruz, em 1991. Foi um dos primeiros repórteres a envolver-se na guerra das Balcãs, onde andou à aventura nos vários centros da crise testemunhando o princípio do fim da velha Jugoslávia de Tito. Ganhou, em 1992, o prémio Gazeta de Jornalismo, com um trabalho inédito sobre a guerrilha peruana, Sendero Luminoso, e os dias agitados de um país mergulhado na ditadura constitucional de Fujimori. Viveu os primeiros anos da SIC, onde assina mais uma reportagem premiada: "As superstições no futebol". Produz na TVI, em 1994, oito biografias políticas, entre as quais merece destaque o documentário dedicado a Álvaro Cunhal. Em 1995, abandona o jornalismo para participar na primeira campanha eleitoral de Jorge Sampaio para a Presidência da República. O convite para continuar a colaborar com Sampaio como seu assessor de imprensa surge após a vitória. Foram 10 anos na primeira linha da vida política portuguesa.