Le Corbusier é, com Mies van der Rohe, um dos arquitectos mais conhecidos e admirados do século XX. Também pintor e teórico, a sua influência alcançou todos os continentes. Ainda que as suas teses sobre a planificação da cidade começassem a ser duramente criticadas a partir de finais da década de sessenta, a sua obra arquitectónica continua a ser considerada um dos marcos do movimento moderno.
Charles-Edouard Jeanneret (1887-1965), que em 1920 adoptou o nome de Le Corbusier em honra de um antigo apelido familiar, era filho de um gravador de relógios. Estudou na Escola de Artes e Ofícios de Chaux-de-Fonds, onde um dos seus professores, Charles L'Eplattenier (1874-1946), o incentivou a dedicar-se à arquitectura, contrariamente aos planos do seu pai para que continuasse com o negócio familiar. Depois de construir várias casas na sua cidade natal, Le Corbusier iniciou um périplo pelos ateliers dos arquitectos mais prestigiados da Europa. Para Le Corbusier, a modernização da arquitectura passa não só pelo uso de novos materiais, como o betão e o ferro, mas também por uma nova concepção do espaço e da forma de viver. Os célebres cinco pontos da sua teoria arquitectónica, cujo expoente máximo é a Villa Savoye.
Paco Asensio