Espaços Exteriores em Novas Áreas Residenciais
Nova Edição Ampliada
Este trabalho resulta da introdução na colecção do LENC Informação Técnica Arquitectura de um estudo com o mesmo título, editado em 1992 com o patrocínio do Instituto Nacional de Habitação.
O presente documento corresponde, no entanto, a uma nova edição, porque se aproveitou a oportunidade editorial para ampliar, significativamemte,o estudo anteriormente editado no LNEC com a introdução de várias dezenas de páginas integralmante ilustradas com exemplos fotográficos e respectivos textos de comentário, constituindo uma abordagem "paralela" e baseda em inúmeros casos, retirados de espaços urbanos correntes, de temática da estruturação e composição de espaços públicos. Os referidos elementos fotográficos e comentados fizeram parte de trabalhos anteriores dos autores sobre esta temática, trabalhos esses divulgados já há alguns anos em relatórios do LNEC.
Embora no título se evidencie o exterior residencial, o trabalho debruça-se sobre os diversos aspectos fundamentais na qualificação geral do espaço público urbano e apresenta indicaçõs úteis sobre a sua desejável composição tipológica-definindo o amplo leque de espeços públicos que o podem/devem integrar. Afinal, não há cidade sem habiteção, logo os espaços exteriores residenciais constituem a matéria fundamental dos espaços públicos urbanos.
É possivel considerar que, hoje em dia, se conhecem já com significativa profundidade e permenorização as melhores maneiras de desenvolver edifícios, designadamente residencias, embora tal conhecimento não tenha uma sistemática aplicação. No entanto, ao nível da composição geral do espaço público e da costituição e caracterização pormenorizada dos respectivos espeços públicos, evidencia-se, hoje em dia, uma crítica dificuldade ao nivrl da sua essencial qualificação, desde o projecto urbano e paisagítico a uma conveniente execução, adequada á escala físia pública do "objecto"e à intencidade e diversidade dos seus usos prováveis.
Não se faz espaço público seguindo-se uma lógica idêntica à usada no espaço edificado, mais ou menos doméstico - o espaço público exige próprias de consepção e execução que é fundamental estudar e aplicar. Não se fz espaço público como quem arruma edifícios num tecido neutro e permissível, faz-se espaço público numa íntima e total conjugação de espaços públicos e edifícios, configurando-se ambientes bem caracterizados e funcionais, referidos objectivamente a sítios urbanos e paisagísticos específicos e fazendo e refazendo soluções, exaustivamente, até se anularem todos os resídos espaciais, que devem ser integralmente extirpados do novo espaço público.
Tais intençõs são fundamentais e não admitem fugas "a regra", pois é já bem sabido que quaisquer defêciencias no espaço público se traduzem num agravante de problemas de satisfação dos habitantes e num obstáculo à sua essencial apropriação dos síios que habitam.
Afinal, é preciso aprender a fazer espaço público e este documento pretende colaborar nessa dinâmica informativa e formativa.
É intenção dos autores do LNEC continuarem este processo de actualização de elementos de apoio a uma melhorada produção de espaço público com uma forte componente residencial, visando-se, num futuro próximo, e no âmbito desta mesma colecção, uma nova edição revista e unificadora de dois trabalhos abordando as temáticas de uma integração local fortemente caracterizada por preexistencias e dos aspectos essenciais da leitura e da constituição da forma urbana.
[resumido]
1 - INTRODUÇÃO
2 - O USO DOS ESPAÇOS EXTERIORES NA VIZINHANÇA DE RESIDÊNCIAS
3 - OBJECTIVOS URBANÍSTICOS PARA ESPAÇOS DOMINANTEMENTE PEDONAIS DE UMA ÁREA DE RESIDÊNCIA
3.1 - Estruturs e imagem urbana perfeitamente definidas e coerentes
3.2 - Clareza de ordenamento
3.3 - Aqequação climática e conforto e salubridade ambientais
3.4 - Adequação ambiental e respeito pelas pré-existências construídas e naturais
3.5 - Residencialidade
3.6 - Adequação sócio-cultural
3.7 - Adequação e congruência no apuramento, articulação e equipamento dos diversos tipos de espaços
3.8 - Motivação dos contactos sociais
3.9 - Relacionamento com o exterior da área residencial
3.10 - Relacionamento com os principais equipamentos colectivos da área residencial
3.11 - Funcionamento adequado e em segurança
3.12 - Acessibilidade e adequação à movimentação pedonal
3.13 - Durabilidade em geral e resistência à intensidade de uso em particular
3.14 - Espaciosidade
3.15 - Diversidade e adaptabilidade
3.16 - Multifuncionalidade
3.17 - Economia,participação e evolução
3.18 - Adequação às redes e serviços públicos
4 - ASPECTOS A CONSIDERAR NO DESENVOLVIMENTO DE ZONAS VERDES
5 - ASPECTOS A CONSIDERAR NO DESENVOLVIMENTO DE PERCURSOS DOMINANTEMENTE PDONAIS
6 - ASPECTOS A CONSIDERAR NO DESENVLVIMENTO DE ESPAÇOS PARA ACTIVIDADES ESPECÍFICAS
6.1 - Aspectos a considerar no desenvolvimento de espaços para recreio, lazer, estar e actividades de tempos livres
6.2 - Aspectos a considerar no desenvolvimento de espaços para jogos e recreio de crianças e jovens
6.3 - Aspectos a considerar no desenvolvimento de espaços para exercícios físicos e para desportos, ao ar livre
6.4 - Aspectos a considerar no desenvolvimento de circuitos para bicicletas
6.5 - Aspectos a considerar no desenvolvimento de espaços para actividades culturais e recreativas
6.6 - Aspectos a considerar no desenvolvimento de grandes espaços em reserva
6.7 - Aspectos a considerar no desenvolvimento de espaços e elementos de separação horizontal e vertical
6.8 - Aspectos a considerar no desenvolvimento de espaços exteriores privados ou comuns contíguos a residências
6.9 - Aspectos a considerar no desenvolvimento de espaços exteriores públicos em terraços, em galerias e em pisos térreos vazados
6.10 - Aspectos a considerar no desenvolvimento de espaços para a instalação e passagem de redes públicas
6.11 - Aspectos a considerar no desenvolvimento de espaços para circulação mista e de veículos de serviços
7 - ASPECTOS A CONSIDERAR PARA UMA MAIS EFICAZ GESTÃO DOS ESPAÇOS EXTERIORES DOMINANTEMENTE PEDONAIS
7.1 - Aspectos básicos de desenho
7.2 - A participação e a adesão do habitante
7.3 - A prevenção da manutenção da qualidade do exterior
7.4 - A prevenção da eficácia dos serviços operando no exterior
António Baptista Coelho
Arquitecto, Investigador-Coordenador
António Reis Cabrita
Arquitecto, Investigador-Coordenador do departamento de Edifícios