É uma preocupação fundamental da psicopatologia descrever os modos de vivência e de comportamentos humanos, apresentar os fenómenos anormais e definir a doença como doutrina contida nos próprios sintomas. Assim, trata-se de dar conta, não tanto dos sintomas, das grandes patologias (como por exemplo a neurose), mas em sua função, das expressões da personalidade não doente no seu extenso âmbito de actuação: consciência, orientação, temporalidade, memória e recordação nas suas diferentes dimensões, fundamentos e determinantes do pensamento, linguagem, discurso, inteligência, afectividade e percepção, agressão, obsessões, fobias, actos impulsivos, instinto e sexualidade.
Christian Scharfetter