Num tempo de grandes incertezas em relação ao futuro da Gestão de Recursos Humanos, os profissionais do sector e aqueles que aspiram a ele pertencer interrogam-se sobre os horizontes que se colocam a esta função que, ao longo da sua história recente, se impôs como grande função empresarial.
Por um lado, os arautos da desgraça fazem as crónicas da morte anunciada da função, alegadamente por tender a ser progressivamente esvaziada pelas subcontratações e outsourcing, a uma escala cada vez mais global e generalizada. Por outro lado, os epígonos de correntes mais recentes, clamam pela necessidade de substituir o conceito de recursos humanos por um outro, ainda inespecífico, que marque definitivamente o ocaso de uma visão neoclássica da GRH, ainda enfeudada aos modelos funcionalistas, que tendem a perpetuar uma lógica de gestão do factor humano alicerçada no estudo do trabalho.
Na encruzilhada dos modelos e no fragor das experiências e das práticas, Mário Ceitil procura equacionar alguns dos grandes choques paradigmáticos que a moderna GRH enfrenta, focalizando-se nos grandes temas que emergem de uma sociedade globalizada e aparentemente caótica: a gestão da complexidade, as práticas de progressão no caos, a resiliência necessária para a gestão da diversidade, em suma, a emergência de novas competências que permitam aos profissionais, a todos os níveis, manterem-se (vivos e saudáveis) na crista da onda.
[RESUMIDO]
PARTE 1
Os choques paradigmáticos
na gestão de recursos humanos
1. Da lógica das funções à lógica das competências
2. Da lógica das necessidades à lógica das expectativas
3. Da lógica da parcelarização à lógica da integralização
4. Da lógica dos recursos humanos à lógica do capital humano
5. Da lógica da formação à lógica da aprendizagem
6. Da lógica do relógio à lógica da bússola
7. As quatro perspectivas sobre as competências
8. Das estratégias de recursos humanos
aos recursos humanos... estratégicos
9. Os lunáticos e os psicólogos
– ou do paradigma do produto ao paradigma da marca
10. Da certificação das qualificações
à qualificação das competências
11. Gestores ou auditores de recursos humanos?
PARTE 2
Dilemas e paradoxos da liderança
1. Liderança sistémica e liderança anti-sistémica
2. Grandezas e misérias dos líderes narcisistas
3. O órgão e a função
4. A resiliência dos líderes e os ódios de estimação
5. A importância do exemplo... uma vez mais
6. A incubadora, a liderança anti-sistémica... e temas correlatos
PARTE 3
Novos líderes e novas lideranças
1. Um biénio crítico
2. As alavancas da mudança e as competências dos lideres
3. Alexandre, o Grande e O Gladiador
4. As ilusões do futuro e o peso da memória
5. As histórias que se contam e as vidas que se levam
6. Perfis de Líderes / perfis de lideranças
PARTE 4
Temas e problemas
da moderna gestão de recursos humanos
1. A adequação do ensino superior à realidade das empresas
2. Business think – Desenvolver o espírito empreendedor
e agir com maior sentido estratégico
3. Capital humano
4. O consultor de gestão – Um terceiro catártico
ou uma parte estruturante?
5. Gestores ou MBAs? – Uma questão a debater
6. As competências dos executivos – Uma condição
estruturante para o sucesso das organizações
7. Mudar de emprego aos 35 anos
8. Assédio moral
9. Universidades mais atractivas
10. Assunções básicas sobre os consultores
11. O consultor do futuro
12. A retoma e os empregos qualificados
13. Questões sobre educação
14. Tendências... e votos para 2005
PARTE 5
Da eficácia à grandeza
1. Hábito 8 – Da eficácia à grandeza
2. O mundo na palma da Mão
3. As quatro inteligências
4. Uma segunda oportunidade
5. As quatro disciplinas da execução (1)
6. As quatro disciplinas da execução (2)
7. A liberdade de escolher
8. O luto emocional
PARTE 6
Horizontes de Bolonha
1. A vontade de aprender
2. A responsabilidade individual
3. O efeito Júlio Verne
4. Dom Quixote ou o mito do olhar ingénuo
5. Da transmissão dos saberes à construção das competências
PARTE 7
Psicologia organizacional positiva
1. Prazer... esse desconhecido
2. A disciplina de... felicidade
3. O flow
4. O perdão
5. A culpa
6. Psicologia organizacional positiva