Os sedimentos e as rochas sedimentares foram provavelmente os primeiros a atraírem a atenção do ser humano, quando ele se conscientizou da existência de materiais geológicos de diferentes naturezas na superfície terrestre. Desde então, os processos e produtos sedimentares vêm sendo pesquisados pela sedimentologia, petrografia e petrologia sedimentares, além da estratigrafia.
Neste livro, o tema é abordado sob uma visão global e mais moderna de geologia sedimentar, que abrange conteúdos de todas aquelas disciplinas já citadas. Tais conhecimentos, transcendem os de interesses da ciência pura, pois são essenciais à tecnologia de aproveitamento racional dos recursos naturais da Terra, sejam combustíveis fósseis, minerais metálicos, não metálicos e ambientes. Portanto, este livro é imprescindível a todos os estudiosos de ciências naturais: geologia, geografia física (geomorfologia), oceanografia geológica, biologia (ecologia), geofísica, geoquímica e pedologia, bem como de algumas ciências humanas, como arqueologia (geoarquiologia) e a pré-história.
Capítulo 1 - Introdução Geral
1. Generalidades
2. Definição da sedimentologia
3. Histórico da sedimentologia
4. Abrangência da sedimentologia
4.1. Princípios básicos da sedimentologia
4.2. Os sedimentos recentes de origens marinha e não-marinha
4.3. Pesquisas experimentais em sedimentologia
4.4. Intemperismo, desintegração e/ ou decomposição. Erosão e transporte
4.5. Mecanismos de Sedimentação
4.6. Tectonismo e os ambientes de sedimentação
4.7. Rochas sedimentares e ambientes de sedimentação
4.8. Processos diagenéticos
4.9. Petrografia sedimentar
5. A sedimentologia e as suas relações com outros campos das geociências
5.1. Relação com a geografia física
5.2. Relação com o estudo do Quaternário
5.3. Relação com a paleontologia
5.4. Relação com a mineralogia
5.5. Relação com a geologia dos depósitos minerais
5.6. Relação com a geologia aplicada (geotecnia)
5.7. Relação com a geoquímica
5.8. Relação com a geofísica
6. A importância da sedimentologia
Capítulo 2 - Intemperismo e Origem dos Sedimentos
1. Generalidades
2. Intemperismo físico
3. Intemperismo químico
4. Intempersimo biológico
5. Manto de intemperismo
5.1. Elúvio, eluvião ou deposito eluvial
5.2. Colúvio, coluvião ou depósito coluvial
6. Intemperismo e clima
7. Intemperismo e ciclo sedimentar
8. Intemperismo e paleopedologia
Capítulo 3 - Erosão, Transporte e Deposição de Sedimentos
1. Introdução
2. Erosão
2.1. Generalidades
2.2. Tipos de erosão
2.3. Ciclo de erosão do relevo
2.4. Taxas de erosão do relevo
3. Transporte
3.1. Generalidades
3.2. Tipos de transporte
4. Deposição
4.1. Generalidades
4.2. Subsidência
4.3. Nível de base
4.4. Taxa de sedimentação
4.5. Os ambientes da erosão, em equilíbrio e de sedimentação
4.6. Os ambientes e paleoambientes de sedimentaçãoCapítulo 4 - Diagênese e Litificação
1.Generalidades
2. Estágios e fases diagenéticos
3. Processos diagenéticos
3.1. Autigênese
3.2. Cimentação
3.3. Compactação
3.4. Desidratação
3.5. Diferenciação diagenética
3.6. Dissolução diferencial
3.7. Recristalização
3.8. Redução
3.9. Substituição metassomática
4. Alguns exemplos de litificação de sedimentos
4.1. Sedimentos pelíticos
4.2. Sedimentos carbonáticos
4.3. Sedimentos carbonosos
Capítulo 5 - As Propriedades dos Sedimentos
1. As propriedades físicas
1.1. Agranulometria
1.2. Morfometria
1.3. Textura superficial
1.4. Orientação preferencial das partículas sedimentares
1.5. Porosidade dos sedimentos inconsolidados e consolidados
1.6. Permeabilidade
1.7. Cor dos sedimentos
1.8. Outras propriedades de massa dos sedimentos
2. As propriedades mineralógicas
2.1. As composições mineralógicas das rochas sedimentares e ígneas
2.2. Os fatores que controlam a abundância dos minerais nas rochas sedimentares
2.3. Abundância relativa dos minerais nas rochas sedimentares
2.4. Quartzo
2.5. Feldspato
2.6. Fragmentos líticos
2.7. Mica grossa
2.8. Argilominerais (minerais de argila)
2.9. Minerais pesados
3. Propriedades químicas e isotópicas
3.1. Composição química das rochas sedimentares
3.2. Fatores físico-químicos e a sedimentação
3.3. Diferenciação geoquímica dos ambientes deposicionais
3.4. Composição isotópica das rochas sedimentares
Capítulo 6 - As Estrutura se Sedimentares
1. Introdução
2. Classificação das estruturas sedimentares
3. Onde e como estudar as estruturas sedimentares
4. Estruturas sedimentares inorgânicas primárias
4.1. Estruturas pré-deposicionais
4.2. Estruturas sindeposicionais
4.3. Estruturas pós-deposicionais
4.4. Outras estruturas inorgânicas
5. Estruturas sedimentares biogênicas primárias
5.1. Partes duras de esqueletos
5.2. Estruturas de bioturbação
5.3. Pelotas fecais
5.4. Outras estruturas biogênicas
6. Estruturas sedimentares químicas
6.1. Concreções (ou nódulos)
6.2. Estilólitos
6.3. Cones-em-cones
6.4. Septárias
7. As paleocorrentes deposicionais e as estruturas vetoriais
7.1. As estruturas vetoriais
Capítulo 7 - Tipos de rocha Sedimentares
1. Introdução
2. Classificação geral das rochas sedimentares
3. Rochas sedimentar alóctones
3.1 Rochas sedimentares epiclásticas
3.2. Rochas sedimentares piroclásticas (ou vulcanoclásticas)
4. Rochas sedimentares alóctones
4.1. Introdução
4.2. Rochas sedimentares carbonáticas
4.3. Rochas sedimentares carbonosas
4.4. Rochas sedimentares oleígenas
4.5. Sedimentos ferruginosos
4.6. Sedimentos fosfáticos
4.7. Evaporitos
4.8. Sedimentos SilicososCapítulo 8 - Ambiente de Sedimentação e Fácies sedimentares
1. Introdução
2. Descrição dos principais ambientes de sedimentação
2.1. Introdução
2.2. Ambiente desértico
2.3. Ambiente glacial
2.4. Ambiente fluvial
2.5. Ambiente lacustre
2.6. Ambiente deltaico
2.7. Ambiente lagunar
2.8. Ambiente estuarino
2.9. Ambiente de planície de maré
2.10. Ambiente de praia
2.11. Ambiente de sedimentação marinhos
Capítulo 9 - As Seqüência Sedimentares
1. Generalidades
2. Análise seqüencial
2.1. Conceitos básicos de estratigrafia
2.2. Fáceis sedimentares
2.3. Tipos de contatos sedimentares
2.4. Topo e base de camadas sedimentares
2.5. Ciclos sedimentares e sequencias cíclicas
3. Classificação estratigráficas
3.1. Introdução
4. Análise de bacia sedimentar
4.1. Introdução
4.2. Mapas usados em análise de bacias
4.3. Classificação estrutural de bacias sedimentares
4.4. Classificação das bacias sedimentares brasileiras
4.5. Papel da tectônica na sedimentação
5. Modelos geológicos e sistemas deposicionais
5.1. Conceitos fundamentais
5.2. Tipos de modelos
5.3. Modelos deposicionais (ou sedimentares)
Capítulo 10 - Geologia Sedimentar Aplicada
1. Generalidades
2. Importância econômica da geologia sedimentar
2.1. Introdução
2.2. Materiais de Construção
2.3. Carvão Mineral
2.4. Fosfatos e evaporitos
2.5. Minerais de minérios sedimentares
2.6. Água subterrânea
2.7. Petróleo e gás natural
2.8. Outros tipos de reservatórios de hidrocarbonetos
2.9. Geologia ambiental
2.10. Geologia sedimentar aplicada a outras áreas
Bibliografia
Índice Remissivo de Assuntos
Kenitiro Suguio
Bacharel em geologia pela Universidade de São Paulo (USP), onde se formou em 1962. Trabalhou na Petrobras (região de produção no Nordeste - RPNE) em Maceió, Alagoas, onde permaneceu entre 1966 e 1996, aposentando-se como professor titular do instituto de Geociências. Suguio tem trabalhos publicados em periódicos nacionais e estrangeiros, participa de eventos tanto no Brasil quanto no exterior, e sua produção bibliográfica ultrapassa 400 títulos. Até o momento, Suguio foi orientador principal de 13 mestrados e 17 doutorados, não só no Instituto de Geociências da USP, mas também de Geociências e Ciências exatas da Universidade Estadual Paulista (Campus de Rio Claro, SP). Sócio efetivo da Sociedade Brasileira de Geologia (SBG) desde 1963 e sócio honorário e fundador da Associação Brasileira de Estudo do Quaternário ABEQUA. Foi eleito membro titular da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP) em 1980, e da Academia Brasileira de Ciências (ABC) em 1990. Suguio já recebeu vários prêmios e condecorações, tais como a Medalha de Mérito Científico do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em 1981, o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro em 1993 e a Comenda de Ordem Nacional de Mérito Científico do Ministério de Ciências e Tecnologia em 1998.