Pelo que pude ler nesta obra, e, em grande parte, já se conhecia de narrativa mais ou menos antiga, não foi um quarto de século isento de debates, reestruturações, reflexões e acertos de percurso. Para uns, faltava-lhe mais Direito. Para outros, mais Economia. Para terceiros mais Gestão. Caminho para burocratas, previam alguns. Para técnicos de gestão… O facto é que a licenciatura foi superando escolhos, granjeando um corpo de docentes (e de doutores) próprio, preparando formandos despertos para os novos desígnios da Administração Pública do Estado pós-Providência. Isto é, institucionalizando-se. Deixando de ser mera iniciativa de um punhado de pioneiros para se converter a ideia de obra ou empreendimento que se prolonga no tempo, com princípios, regras, estruturas e procedimentos que lhes dão vida para além daqueles que, em cada instante, lhe emprestaram o contributo da sua inteligência, da sua emoção ou da sua vontade. In Prefácio de Marcelo Rebelo de Sousa
António F. Tavares