Emergência Médica Pré-Hospitalar - Que Realidade

A Emergência Médica desenvolveu-se a partir das necessidades da prestação de socorro às vítimas durante os conflitos militares, na Europa e nos EUA, dando os primeiros passos nos modelos, ainda hoje seguidos: "Scoop and Run" e "Stay and Play". Durante a segunda metade do séc. XIX, estes modelos foram adaptados à sociedade civil. O advento, em Portugal, do que é hoje entendido como Emergência Médica, deu-se em 1965, com a criação de um serviço de prestação de primeiros socorros. Em 1971, criou-se o SNA e em 1981, o INEM, que tem vindo a desenvolver subsistemas que visam dar resposta adequada às necessidades da população. Portugal, à semelhança de outros países, adoptou práticas híbridas de actuação, seguindo o modelo "Play and Run".
Os diferentes modelos, possuem intervenientes com competências distintas resultantes de níveis de formação diferentes e da existência de protocolos de actuação. Assim, em todos os modelos existem médicos e paramédicos, sendo Portugal, dos poucos países, que conta de forma regular com a participação de enfermeiros na prestação de cuidados pré-hospitalares. Para a eficácia e eficiência do Sistema Integrado de Emergência Médica, é necessário e urgente que todos vejam as suas competências clarificadas. Os enfermeiros, viram recentemente definido o conteúdo funcional específico para a emergência médica e os médicos possuem já a competência em emergência médica. Falta, inequivocamente, a profissionalização dos Tripulantes de Ambulância de Socorro. Esta obra, fruto de muitos anos de dedicação à emergência médica e de um exaustivo trabalho de campo, pretende definir com precisão, as competências dos TAS garantindo maior qualidade no socorro pré-hospitalar.