O aumento desmesurado da importância económica do Desporto, veículo mediático do espectáculo e da procura social da prática por parte de segmentos da população em busca de lazer saudável e do «corpo perfeito», vem colocar questões éticas novas e complexas, ao mesmo tempo que a procura social do desporto é assumida como globalmente positiva, sendo desejável que a prática se transforme numa experiência que deveria ser proporcionada à maioria da população. Todavia, assumindo claramente que o Desporto «faz bem», aceita-se também que o Desporto pode «fazer mal». O potencial educativo da prática desportiva continua incólume, como veículo inestimável de aprendizagem de valores de afectividade, de solidariedade e de cidadania. Na condição de respeitarmos a sua dimensão pedagógica e, em última instância, ética. Por este facto, o Plano Nacional de Ética no Desporto, presente na defesa e promoção dos valores éticos apoia esta publicação.
Carlos Eduardo Barros Gonçalves