O futuro chegou, mas muita gente não percebeu... Infelizmente não sentiram o “choque do futuro”... A História jamais perdoa aqueles que não sabem acompanhá-la. Novos valores são necessários, valores que remetem à honestidade e seriedade, maior clareza e agilidade, melhor atendimento ao usuário, maior e melhor desempenho das funções sociais, melhor relacionamento com os formadores de opinião, preparação de executivos com qualidades sistêmicas: capacidade de decidir com agilidade, trabalhar com riscos, ser flexível, articular, estabelecer cenários e planejar adequadamente suas atividades. Generalista e especialista ao mesmo tempo.
De tanto se ouvir falar que o futuro bate à porta, ele acabou chegando de forma triunfante e surpreendentemente veloz. As últimas décadas registraram espetaculares descobertas em quase todos os campos do conhecimento humano. A idade média do ser humano no planeta aumenta. A tecnologia sedimenta o apuro técnico e a melhoria da qualidade. A informatização acelera e aprimora o processo decisório. As redes tecnológicas tornam, a cada dia, mais verdadeira a concepção de Aldeia Global. As relações sociais se espelham por um novo conjunto de valores e princípios. As relações econômicas mudam forma e substância, a partir da internacionalização das redes produtivas, da mudança na forma de gestão das empresas, da expansão do sindicalismo de classes médias, do fortalecimento de novos nichos produtivos e da nova divisão internacional do trabalho. As palavras de ordem e os novos conceitos da contemporaneidade são competitividade, qualidade, ousadia, inserção internacional, novos paradigmas tecnológicos e capacidade de adaptação à Sociedade da Informação.As extraordinárias transformações pelas quais passa o mundo, ao se projetarem sobre o universo organizacional, determinam novos padrões de comportamento e estabelecem um quadro de valores e referências para os sistemas decisórios. Entre as variáveis estratégicas que assinalam os rumos e fundamentam as bases das organizações estão as questões relacionadas à cultura, ao poder, à comunicação e à imagem. E, claro, às crises, fenômeno recorrente no cotidiano das empresas que vivenciam a era do Estado Espetáculo, em que a imagem de marca, patrimônio intangível, é questão transcendental. Analisar esse escopo, compreender e avaliar sua natureza e as implicações que têm com o desenvolvimento organizacional, constituem tarefa das mais importantes para o elenco de profissionais que deseja estar em sintonia com esses tempos de intensa competitividade.
Gaudêncio Torquato