Este livro foi escrito em uma linguagem simples, sem perder o rigor científico. Ele é voltado, principalmente para os jovens pesquisadores e
estudantes de pós-graduação que desejam iniciar estudos de paleoambiente e em especial de paleoclima e paleovegetação do Quaternário e, por
extensão, de períodos mais antigos. Nele são apresentadas em detalhe as técnicas utilizadas para a análise de microfósseis em sedimentos lacustres, palustres e marinhos com a finalidade de obter informações sobre a vegetação e o clima no passado.
Os métodos físicos, químicos e geológicos, bem como a utilização de megafósseis de vertebrados e plantas são citados e os critérios para seu uso no levantamento de informações paleoecológicas são discutidos.
As citações ao longo do livro, sempre que possível, indicam a primeira publicação sobre o assunto, seguida de referências mais modernas, de fácil consulta. É utilizado o maior número possível de figuras para ilustrar cada assunto.
Descreve-se a coleta e amostragem de material no campo. A apresentação dos dados obtidos e sua interpretação constituem a parte final deste livro.
1 O ambiente físico no Quaternário
1 Introdução
2 Glaciares e feições glaciais
3 Zona periglacial
4 O clima no Quaternário
5 Comentários sobre as idades estimadas no Quaternário
2 Métodos físicos, químicos e geológicos para e estudo do paleoclima
1 Introdução
2 Métodos baseados em isótopos estáveis
3 Análise de gelo glacial
4 Isótopos de oxigênio em carapaças de foraminíferos
5 Análise de isótopos de oxigênio em espeleotemas
6 Análise de corais
7 Análise de água fóssil
8 Flutuações do nível do mar
9 Flutuações do nível de água dos lagos
3 Métodos biológicos para o estudo paleoecológico
Parte I – Animais Vertebrados
1 Introdução
2 Os grandes mamíferos do Pleistoceno
3 Répteis
4 Os pequenos vertebrados
5 Pegadas, coprolitos e outros indícios
Parte II – Invertebrados e outros organismos não fotossintetizantes
1 Introdução
2 Organismos Protistas
3 Invertebrados
4 Fungos
5 Relação dos principais microfósseis de organismos aquáticos não fotossintetizantes
Parte III– Plantas
1 Introdução
2 Megafósseis e macrofósseis de plantas
3 Microfósseis de plantas
4 Relação dos principais microfósseis de plantas e algas de ambientes aquáticos
4 Palinologia
1 Introdução
2 Morfologia de pólen e esporos
3 Exina: propriedades físicas e químicas
5 Os fundamentos da análise palinológica
1 Introdução
2 Diversidade morfológica e estabilidade química dos palinomorfos
3 Produção de pólen e esporos
6 Transporte e dispersão de pólen e outros palinomorfos
1 Introdução
2 Transporte biótico
3 Transporte e dispersão por água
4 Transporte e dispersão por vento
5 Métodos para estudos de Aerobiologia
6 Análise dos componentes de uma assemblagem de palinomorfos
7 Deposição e sedimentação de palinomorfos
1 Introdução
2 Lagos, lagoas e outras coleções de água
3 Turfeiras e terrenos alagados
4 Estuários e deltas
5 Componentes dos depósitos de palinomorfos
8 Preservação diferencial e fossilização de palinomorfos
1 Introdução
2 Características paleoecológicas dos sedimentos ricos em microfósseis
3 Preservação diferencial
4 Fossilização de palinomorfos
9 Coleta e amostragem do material palinológico da superfície
1 Deposição moderna
2 Coleta volumétrica de partículas da atmosfera
3 Coleta gravimétrica de partículas da atmosfera
4 Coleta de superfície
5 Coleta em musgos, líquens e bromélias
10 Coleta de material antigo para análise palinológica
1 Introdução
2 Coleta e amostragem de sedimentos em terraços e cortes
3 Coleta por meio de sondagem
4 Amostragem fi na de sedimentos
5 Transporte e armazenamento de cilindros de sondagem
6 Retirada de amostras em cilindros de sondagem para análise de palinomorfos
11 Métodos de preparação de pólen e esporos modernos
1 Acetólise de plantas modernas
2 Métodos de preparação de pólen frágil
3 Técnicas de inclusão e montagem
4 O comportamento dos grãos de pólen em diferentes tratamentos e meios de montagem
5 Preparação de amostras para exame em microscópio eletrônico de varredura
12 Métodos de preparação de pólen e esporos em sedimentos
1 Introdução
2 Técnica da potassa (KOH)
3 Acetólise de sedimentos e turfas
4 Eliminação de carbonatos
5 Eliminação de silicatos
6 Sequência de tratamentos para preparação de sedimentos Quaternários
7 Técnicas de preparação de material pré-Quaternário
8 Técnica de concentração de palinomorfos por fi ltração
9 Separação de palinomorfos por densidade
13 Identificação de palinomorfos
1 Introdução
2 Material de referência para identifi cação de palinomorfos
3 Variabilidade dentro de uma espécie
4 Semelhanças e diferenças morfológicas
5 Chaves de identifi cação
6 Alguns fatores que infl uenciam a qualidade de identifi cação
7 Contagem de palinomorfos
14 Apresentação dos dados da análise palinológica
1 Introdução
2 Representação por porcentagem
3 Representação por concentração
4 Método de introdução de um marcador interno para calcular a concentração
15 Diagrama de palinomorfos e sua interpretação
1 Diagramas de pólen
2 Zoneamento e detecção de fases paleoecológicas
3 Cálculo do influxo
4 Comparação entre os conjuntos de palinomorfos antigos e modernos
5 Interpretação dos dados para a paleoecologia
Anexo
Laboratório de Palinologia
1 Equipamento permanente
2 Pequenos equipamentos e outros utensílios
3 Vidraria
4 Reagentes e outras substâncias químicas
Referências bibliográficas
Índice de assuntos
Maria Léa Salgado-Labouriau
A autora é formada em História Natural pela UFMG, doutora em Ciências pela USP e professora titular do Instituto de Geociências (UnB). É "fellow" da Fundação Guggenheim, membro da Academia de Ciências de New York, faz parte do quadro de "referees" do periódico Grana; foi pesquisadora titular do IVIC (Venezuela), diretora do CLAB (Centro Latinoamericano de Ciências Biológicas, UNESCO), presidente da subcomissão sobre o Holoceno para a América do Sul do INQUA. Tem dois livros publicados, escreveu vários capítulos em livros e tem mais de 60 trabalhos publicados em periódicos científicos. Seu campo de pesquisa é a reconstrução da vegetação e do clima através de grãos de pólen, de esporos e de algas microscópicas, nos últimos 50.000 anos.