Ser cuidador leva a ser confrontado com os seus próprios limites. Limites físicos por um lado: acolher as urgências durante a noite, viver ritmos diferenciados... Limites psicológicos por outro lado: suportar a angústia de um doente à espera de um diagnóstico, gerir o desespero de uma pessoa deprimida, acompanhar uma criança em fim de vida... Tantas situações em que o confronto com a doença, com a morte, com o sofrimento levam o cuidador a questionar muitas vezes o que faz.
Para exercer esta profissão, tanto o estudante como o profissional devem, pois, aprender a conhecer bem os seus valores, as suas motivações, as suas emoções mas também os seus limites, as suas crenças e as suas aversões.
Trata-se de melhorar a compreensão que se tem de si próprio para melhor comunicar, evoluir e desenvolver-se, manter relações profissionais satisfatórias e aprender a gerir situações difíceis.
Este guia de desenvolvimento pessoal - método proveniente das ciências humanas, iniciado nos anos cinquenta nos Estados Unidos - pretende ajudar os cuidadores a fazer este trabalho sobre si próprios.
De uma forma simples e lúdica, ele propõe revisões teóricas, mas sobretudo numerosas aplicações práticas, sob a forma de exercícios e de testes para ajudar os cuidadores e os futuros cuidadores a - ter FIRMEZA - : conhecer-se, comunicar, relaxar-se, afirmar-se, negociar.
Dominique Rispail