A Arte de Partejar era transmitida de mães para filhas ou de Parteiras experientes para aprendizas, sem qualquer controlo, mas a partir do século XVI a profissão começou a ser regulamentada e passou a ser oobrigatória a realização de um exame oficial perante o Cirurgião-Mor para obtenção da Carta Profissional.
Em 1836, com a abertura do Curso de Parteiras nas Escolas Médico-Cirúrgicas passou a haver formação específica para a obtenção da carta profissional e para o exercício da profissão.
Analisando os manuais publicados no séculos XVIII e XIX, foi possível verificar as tarefas que cabiam às parteiras antes e depois de haver formação.
Foi também possível conhecer o funcionamento dos cursos de parteiras realizados no fim do século XIX, assim como a identificação das estudantes e o seu aproveitamento escolar na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, através dos Anuários dos Anos Lectivos.
Finalmente concluiu-se que as parteiras tinham autonomia para cuidar da parturiente e do recém-nascido em situações normais e que era sua a decisão de chamar o cirurgião sempre que achassem necessário.
Concluiu-se também que grande número de parteiras exercia a profissão no sector privado e um pequeno número nos hospitais.
Marília Pais Viterbo de Freitas