Em seu livro anterior Walkscapes. O caminhar como prática estética, Francesco Careri eleva o ato de caminhar à categoria de arte.
Em suas páginas, ele nos faz descobrir o andar como instrumento cognitivo e criativo, capaz de transformar o espaço de forma simbólica e física. Trata-se de um estudo que, com os anos, acabou convertendo-se em um clássico da bibliografia do caminhar.
Como continuação desse primeiro livro, Caminhar e parar dá um passo à frente e introduz a experiência da pausa, do deter-se, no ato de caminhar. Essa experiência específica surgiu com base nas ações e reflexões que Careri foi elaborando ao longo de vinte anos, em suas aulas como artista, arquiteto e professor do Laboratorio Arti Civiche da Università degli Studi Roma Tre.
O livro reúne diferentes artigos que nos conduzem a Stalker, à morte de Constant, às cidades dos ciganos rom, a diversas deambulações por cidades latino-americanas e a outros episódios que nos levam a olhares diversos sobre o passear e o deter-se.
O corpus teórico e experimental de Careri mostra-se, nestas páginas, com todo vigor e, como já fizera anteriormente com Walkscapes, nos introduz num universo novo e surpreendente: o universo da ética e da estética do caminhar, e agora, também do deter-se.
Francesco Careri (Roma, 1966) é arquiteto e, desde 2005, professor do departamento de estudos urbanos da Università degli Studi Roma Tre. Foi cofundador, em 1995, do Laboratorio d’Arte Urbana Stalker/Osservatorio Nomade e, desde 2006, é professor do laboratório de projetos e do curso de artes cívicas da faculdade de arquitetura da Università degli Studi Roma Tre, um curso totalmente peripatético em que se caminha interagindo in situ com os fenômenos urbanos emergentes; desde 2011, é diretor do programa de pós-graduação "Artes arquitetura cidades" da mesma universidade. É autor do livro Constant. New Babylon, una città nomade (Turim, Testo & Immagine, 2001).