Neste artigo os modelos de habitar são analisados enquanto práticas de uso e apropriação dos espaços domésticos e residenciais no campo de ação coletiva de construção identitária de referência e enquanto manifestação de autonomias e dependências na expressão de poderes e estratégias de posicionamento e mobilidade no sistema de ação social. Só se poderá compreender verdadeiramente o sentido e a força constituinte dos domínios de uso e apropriação dos espaços domésticos no desenvolvimento das identidades individuais e sociais dos seus atores se se entender o seu significado social, as relações que estes domínios privados dos atores estabelecem com as esferas públicas que lhes são adjacentes, e a afirmação e legitimação das suas estratégias individuais e de posicionamento social relativo. Neste sentido, são identificadas duas grandes linguagens e seis idiomas que sustentam o sistema identitário de comunicação e o jogo de posicionamento e mobilidade social dos atores.
Editorial
Modelos de Habitar: Duas linguagens faladas em seis idiomas
Maria João Freitas
Transição demográfica e ciclo familiar: influências no projeto de apartamentos
Fabiano Borba Vianna, José Jorge Boueri Filho
Área útil do fogo. Revisão das exigências regulamentares
João Branco Pedro
Análise das exigências de área aplicáveis às habitações do programa “Minha Casa Minha Vida”
José Jorge Boueri Filho, João Branco Pedro, Rafael de Oliveira Scoaris
Sustentabilidade social do habitar
Carolina Palermo
Perspectivas atuais (2008) da produção pública de habitações populares para a “locação social” na cidade de São Paulo – Brasil
Khaled Ghoubar, João Alberto Cantero
Comentários sobre a natureza da qualidade arquitetónica residencial
António Baptista Coelho