Bacon é um dos últimos grandes monstros consagrados da história da arte. Jogador e autodidacta, levado pelo desespero e sensível à verdade das pessoas, permanece fiel à pintura e à figura humana, desde o verdadeiro início da sua obra, em 1944, até à sua morte, em 1992. Através da sua arte, soube dar a ouvir a um grande número de pessoas essa «qualquer coisa que», diz ele, «é muito mais profunda, que se encontra muito aquém daquilo a que se chama a coerência e a consciência, da ordem do sentimento e do destino humano». Tendo em conta a lição de liberdade dada por Bacon, Christophe Domino fez sua esta recomendação que o pintor dirigiu ao responsável por uma das suas exposições: «Não creio que seja necessário pendurar os quadros por ordem cronológica ou por tema, basta simplesmente fazê-lo da maneira que preferirmos.»
Christophe Domino