“O facto de um de nós, um civil, querer, nos tempos que correm, ler um manual de guerra escrito há mais de dois mil anos diz, claramente, qualquer coisa sobre o fascínio duradouro desta obra. Dito isto, o que pode, em concreto, o leitor hodierno extrair de A arte da guerra? Sun Tzu, o autor de A arte da guerra, sublinha reiteradamente que os generais, ou os líderes sagazes, não podem depender apenas do seu conhecimento do terreno e das capacidades do adversário, tendo, também de se conhecer a si mesmos. Para se tornarem invencíveis, tais generais tinham, primeiro, de cultivar um entendimento profundo, e um controlo absoluto, das suas próprias reacções, de modo a manterem a sua integridade, tanto face à aclamação, como face à censura. A vitória, diz-nos Sun Tzu, é alcançada por aqueles que desenvolvem uma ética de constante refinamento e melhoramento. A arte da guerra fornece-nos toda uma filosofia de acção que se aplica à vida tanto quanto se aplica à batalha.”
Sun Tzu (544-496 a.C.)
Considerado um dos maiores estrategas militares de todos os tempos. Autor de A Arte da Guerra, um tratado famoso sobre táticas militares, foi também um dos primeiros realistas no campo da ciência política. Apesar das especulações sobre a sua vida e existência, a sua obra A Arte da Guerra é considerada de grande importância nos escritos militares e estratégicos de toda a história da humanidade. Segundo os especialistas, apenas Carl von Clausewitz se pode comparar, embora A Arte da Guerra seja mais acessível à leitura. Mais do que um livro militar, A Arte da Guerra é considerado um livro filosófico