Este catálogo centra-se numa escolha de dez autores/obras a arquitectura portuguesa.
São trabalhos produzidos à volta da década de 1960, que traduzem expressões contrastantes e geografia díspares – deixando entrever um desejo de diversidade, ou uma vontade de renovação, que tanto caracterizaram esse tempo de mudança.
Efectivamente, depois da reafirmação universal da arquitectura moderna no pós-guerra. Institucionalizada como «Estilo Internacional», segue-se o período das dúvidas, das divergências e da procura por novos caminhos.
É o tempo da recusa universal de regras unificadoras; do combate à uniformização das linguagem(s) arquitectónica(s); e da prática individualista, assumidamente anti-totalitárla.
Os «anos 60» foram em todo o mundo ocidental uma época de «afirmação das diferençaa» com o despontar da «nova cultura» de uma desenvolvida classe trabalhadora e média. Mas em Portugal a modernização da arquitectura. dos seus programas e escala de intervenção, vai ainda colidir, em tensão permanente, com as barreiras da «conjuntura» política e do isolamento cultural.