Pode dizer-se que a vinha é a cultura mais fitossanitária de Portugal. É aquela que sempre suscita mais curiosidade dos técnicos e investigadores e a que atrai mais investimento das empresas do sector fitofarmacêutico. Portanto, sabe-se tudo quanto a esta disciplina. Tudo, não. Há pelo menos uma doença que resistiu. Chamada “Podridão Negra da Videira”, é mais conhecida pela designação anglosaxónica de “Black Rot”.
Foi sempre considerada uma doença secundária no nosso país, porque os seus estragos eram baixos e/ou porque o conjunto de substâncias activas, utilizadas para o controlo das “grandes doenças” – míldio e oídio –, faziam também o seu trabalho no controlo da Podridão Negra. Por esta ou por aquela razão, a verdade é que se tornou numa preocupação para os viticultores, sobretudo nas regiões do Dão e Bairrada, às quais se vem juntando o Minho e o Douro. A Podridão Negra da Videira nunca tinha sido estudada em detalhe e profundidade em Portugal. Para além disso, novas estratégias de protecção e novas substâncias activas têm vindo a ser avaliadas nos últimos anos, com o objectivo de dotar os produtores e os técnicos de ferramentas eficientes para o seu controlo.
É o resultado destes esforços que pretendemos reunir neste Caderno Técnico, cuja pretensão não é mais do que constituir uma referência para quem, de uma forma ou de outra, enfrenta os potenciais prejuízos que pode provocar o "Black Rot".
- Caracterização fenotípica, molecular e patogenicidadede isolados de Guignardia bidwellii
C. Rego, T. Nascimento, A. Cabral, P. Reis
Instituto Superior de Agronomia, Universidade Técnica de Lisboa
- Distribuição geográfica e meios de luta
A. Prates, M. Cavaco
Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária
- Cabrio Top - Protecção total
J. Saramago Natividade
BASF Portuguesa, S.A.
- A solução no controlo do oídio e black-rot que faltava!
João Vila Maior
Bayer CropScience, Lda.
- Soluções Syngenta testadas com sucesso no controlo da podridão negra
Rui Correia
Syngenta CropProtection, Lda.