A flexibilização é um dos instrumentos da globalização? É possível conciliar a flexibilidade pretendida pelas empresas com a segurança no emprego e a vivência da cidadania pretendida pelos trabalhadores? A rigidez organizacional, a forte disciplina, os horários de trabalho rígidos serão compatíveis com os modelos organizacionais flexíveis em que a gestão da mão-de-obra e do tempo de trabalho se requerem adaptáveis e versáteis para responder às imprevisibilidades do mercado? É possível avaliar o impacto desta flexibilidade nas várias políticas, metodologias e estruturas organizacionais? As noções de flexibilidade avançadas pelos teóricos nacionais e estrangeiros que não vivem em contacto directo com a realidade empresarial têm alguma validade?
Terá o Estado legitimidade para intervir nestas questões, ou o mercado encarregar-se-á de as resolver? Nesta obra, o autor, recorrendo à sua experiência de gestor, discute a tradicional arquitectura conceptual sobre a flexibilidade, demonstrando, de modo inovador e abrindo novos horizontes, que o conceito é mais vasto, mais importante e operacional do que aquilo que a intervenção clássica defende.
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ÍNDICE DE FIGURAS E QUADROS
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
1. Contextualização: um fenómeno da sociedade em mutação
2. Enunciação do problema
3. Questionar as dúvidas
4. Sistematização geral
5. Metodologia adoptada
CAPÍTULO 1
A PROBLEMÁTICA E A TEORIA DA FLEXIBILIDADE
1. SISTEMATIZAÇÃO, OBJECTO, EFEITOS E LIMITES DA FLEXIBILIDADE
2. CONCEITO E MODALIDADES DA FLEXIBILIDADE
CAPÍTULO 2
A PERCEPÇÃO DA FLEXIBILIDADE NUMA EMPRESA
AUTOMÓVEL –'96 ESTUDO DE CASO
1. INTRODUÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO
2. O SIGNIFICADO DO INVESTIMENTO
3. O MODELO DE PRODUÇÃO
4. O MODELO ORGANIZACIONAL
5. A GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS
6. AS RELAÇÕES LABORAIS NA EMPRESA
7. OUTRAS REALIDADES DA EMPRESA
8. UMA CRÍTICA IMPRÓPRIA AO MODELO DA AUTOEUROPA
9. CONCLUSÃO
CAPÍTULO 3
DA RIGIDEZ À FLEXIBILIDADE: EVOLUÇÃO
DOS MODELOS DE PRODUÇÃO NO SÉC. XX
1. INTRODUÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO
2. A PRODUÇÃO TRADICIONAL
3. NA SENDA DE UM NOVO PARADIGMA ALTERNATIVO À PRODUÇÃO EM MASSA
4. O OHNISMO/TOYOTISMO COMO NOVO PARADIGMA?
5. CONCLUSÃO E FUNDAMENTAÇÃO
CAPÍTULO 4 APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS
1. INTRODUÇÃO
2. UMA NOVA PERSPECTIVA DE ABORDAGEM
DA FLEXIBILIDADE: AS TRÊS FASES DO PROCESSO
CONCLUSÃO – SÍNTESE DOS RESULTADOS ALCANÇADOS
BIBLIOGRAFIA .
António Damasceno Correia
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