A amendoeira no Douro Superior, isolada, plantada em bordadura ou formando amendoal, constitui um património cultural, económico e paisagístico que deve ser preservado e transmitido às gerações vindouras. As magníficas qualidades organolépticas e o marcado sabor da amêndoa duriense devem constituir a base sobre a qual possam vingar no território novas indústrias artesanais de produtos gastronómicos que tenham a amêndoa como protagonista.
Lois Ladra é natural da Galiza. Licenciou-se em Antropologia Social e Cultural na UNED, em Geografia e História, pela Universidade Complutense de Madrid, e é mestre em Arqueologia, pela Universidade do Porto.
Como investigador independente, tem dirigido numerosos projetos no âmbito da etnografia rural, tanto na região das Beiras (Alta e Baixa), como no Douro Superior, em Trás-os-Montes e na Galiza. É autor de mais de meia centena de artigos em revistas especializadas e de duas monografias: Arte relixiosa na Terra de Valga. Cruceiros, cruces e petos de animas (Corunha, 2002, Prémio de Investigação Xesús Ferro Couselo) e Caneiros, pescos e pesqueiras. A pesca tradicional nos rios da Galiza (Santiago de Compostela, 2008, Prémio de Investigação Vicente Risco).
Nos últimos tempos tem trabalhado no estudo dos impactos ambientais sobre o património rural construído nas bacias hidrográficas dos rios Tua, Sabor e Ocreza.