Fazer terapia não é resolver problemas ou corrigir erros mas mergulhar no mistério das famílias e do seu encontro. Isto implica passar de uma terapia onde o terapeuta observa a uma terapia onde o terapeuta se observa de forma a reflectir essa percepção sobre a família competente, o que permite fazer emergir «a auto-solução». As dificuldades e as mutações dos estatutos parentais, a perda dos valores tradicionais, a violência social, a incerteza quanto ao futuro perante o desemprego e a doença, a evolução dos modelos profissionais, etc., desestabilizam as famílias que têm, hoje em dia, necessidade de ser confortadas na sua paternidade para acompanhar os seus filhos até à idade adulta.
Guy Ausloos