As crónicas reunidas neste livro reportam-se a uma colaboração regular que, entre os anos 2007 e 2009, o autor manteve com o jornal Açoriano Oriental.
A escrita foi um exercício que possibilitou, de uma forma mais clara, sistematizar algumas reflexões inerentes ao campo da arquitetura, conteúdo, evitando um discurso excessivamente fechado, a vontade destes textos foi sempre a da aproximação a um público mais vasto.
Trazendo para fora do círculo profissional questões que se prendem com a vivência quotidiana da arquitetura, mas também com a sua relação com outras áreas do saber, como o cinema, as artes plásticas, ou a música, pretendeu-se abordar um conjunto de experiências que a todos dizem respeito. Assim, assente na ideia da perceção como a interação entre o raciocínio e os sentidos (a casa é o corpo), o livro foca-se nas várias formas de apreender o espaço e na maneira como, diariamente, com isso lidamos.
"(…) Sérgio Rodrigues não procura dar sentido às coisas. Porque o que ele está a fazer em cada um dos textos que aqui nos são oferecidos é produzir sentido; ou antes: uma plausibilidade do sentir. Se isso é escrito de uma forma simples, não é de todo evidente que essa simplicidade seja sinónimo de evidência. Olhar para essa multiplicidade de implicações que emergem de um determinado fenómeno, e saber obrigá-las a uma estrutura de relações complexas, onde a perceção de descentra do espaço para atingir de facto essa experiência que não pode ser traduzível por palavras, é, por si só, uma proposição. Uma proposição que constitui o significado e o fim da própria experiência arquitetónica." Pedro Machado Costa - Prefácio
Sérgio Fazenda Rodrigues