A caminho da 2ª ruralidade, uma introdução à temática dos sistemas territoriais, é um texto de reflexão sobre o futuro próximo e longínquo, que se inscreve na linha dos nossos trabalhos anteriores, nomeadamente os cinco volumes da Série Ruralidades e o livro A Grande Transição sobre a pluralidade e diversidade dos modos de fazer agricultura e agrocultura. Mas este livro é, também, um pretexto para prestar uma singela homenagem ao Arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, não apenas por que lhe devemos uma parte importante da nossa aprendizagem e aculturação biofísica e paisagística mas, sobretudo, porque admiramos, sobremaneira, a sua coragem e coerência intelectuais num país onde, pelos vistos, não se pode ter razão antes de tempo. A caminho da 2.ª ruralidade terá muitos excertos do seu pensamento e da sua acção, pois estamos perfeitamente convencidos de que o Arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles será o grande inspirador da 2.ª ruralidade, a ruralidade que está à nossa frente, para nos clarear o caminho e o sentido da vida. Para memória futura, aqui fica o nosso modesto contributo.
Nota Prévia
Lista de abreviaturas, acrónimos e siglas
Introdução: a caminho da 2.ª ruralidade, uma introdução aos sistemas territoriais
I. A base biodiversa e ecossistémica da 2.ª ruralidade
Introdução
1.1. Os sistemas agrários e a global governance
1.1.1. A “intensidade dos sistemas agrários” e a suas lógicas de funcionamento
1.1.2. O campo analítico dos sistemas bioprodutivista e ecossistémico
1.2. O rationale da agrobiodiversidade e as políticas de regulação ambiental 37
1.2.1. A policy-framework da política de agrobiodiversidade
1.2.2. As políticas de regulação ambiental e a tragédia dos comuns
1.3. Produção conjunta, capital natural e valoração dos serviços ecossistémicos
1.3.1. Produção conjunta e capital natural
1.3.2. Produção conjunta e serviços ecossistémicos
Conclusão
II. Diversificação multifuncional e transição agroecológica para a 2.ª ruralidade
Introdução
2.1. A diversificação multifuncional dos espaços rurais
2.1.1. O sistema de diversificação, uma tipologia multifuncional
2.1.2. As dimensões de análise do sistema de diversificação
2.1.3. A descrição dos efeitos de ligação
2.1.4. Os modelos de gestão multifunções-ligações
2.1.5. A diversificação multifuncional, uma estratégia de várias racionalidades
2.2. Agricultura e estratégia agroecológica
2.2.1. Agricultura sustentável e agroecologia
2.2.2. O continuum de transição e conversão agroecológico
2.2.3. O processo de transição e a estratégia agroecológica
2.3. As limitações da agroecologia multifuncional e o ecossistema do montado
2.3.1. As limitações da agroecologia multifuncional
2.3.2. O ecossistema do montado ou a arte da agroecologia multifuncional
Conclusão
III. Os mercados de futuro, o neo-rural rurbanus e a estratificação social da 2.ª ruralidade
Introdução
3.1. Os riscos globais e os mercados de futuro da 2.ª ruralidade
3.1.1. O risco interdependente e sistémico
3.1.2. A política agrícola, a gestão do risco e o mundo rural
3.2. Os agroecossistemas e os mercados de futuro da 2.ª ruralidade
3.2.1. Os agroecossistemas e os bens públicos rurais de 2.ª geração
3.2.2. Os mercados de futuro e os bens de mérito e reputação
3.2.3. Os bens de mérito e reputação e as convenções de qualidade e segurança
3.3. O neo-rural rurbanus e a estratificação social da 2.ª ruralidade
3.3.1. Os “novos” actores da 2.ª ruralidade, o neo-&rural rurbanus
3.3.2. Os processos de ruralização em curso
3.3.3. A emergente estratificação social da 2.ª ruralidade
Conclusão
IV. Os riscos globais, a paisagem global e a construção social da ecopolis da 2.ª ruralidadeIntrodução
4.1. Os riscos globais e a construção social dos territórios da 2.ª ruralidade
4.1.1. A teoria social e a cultura do risco revisitadas
4.1.2. Risco, conflito de interesses e construção social da 2.ª ruralidade
4.2. A paisagem global, o sistema-paisagem e a cidade-região
4.2.1. A utopia e os pés na terra
4.2.2. A paisagem global e o sistema-paisagem
4.2.3. Unidades de paisagem, região biogeográfica e sistema produtivo local
4.2.4. O sistema-paisagem e a cidade-região
4.3. O Plano Verde, a estrutura ecológica e a ecopolis da 2.ª ruralidade
4.3.1. O Plano Verde e os corredores verdes
4.3.2. O desenho dos corredores verdes, a ecologia da paisagem e a cidade-região
Conclusão
V. A governança local e a microgeoeconomia das áreas rurais de baixa densidade
Introdução: a natureza e o alcance do “problema local e rural”
5.1. Da administração autárquica à governança territorial
5.1.1. A polity, a policy e a politics da governança municipal
5.1.2. A policy-framework do desenvolvimento territorial
5.2. Um contributo metodológico para as áreas rurais de baixa densidade
5.2.1. A perspectiva de uma cultura territorialista e construtivista
5.2.2. As áreas rurais de baixa densidade
5.2.3. Uma metodologia de intervenção para a baixa densidade
5.3. A microgeoeconomia da baixa densidade: o Projecto Querença
5.3.1. A apresentação geral do Projecto Querença
5.3.2. A filosofia e o método de intervenção do Projecto Querença
5.3.3. Os principais pontos críticos do Projecto Querença
5.3.4. O modelo de empreendedorismo do Projecto
5.3.5. Missões e tarefas a atribuir à Estrutura ou Grupo de Missão
5.3.6. Os primeiros resultados do Projecto Querença
Conclusão
Conclusões Gerais: a diversidade dos futuros, hoje, a diversidade dos presentes, amanhã
Referências Bibliográficas
António Manuel Alhinho Covas é licenciado em Economia, doutorado em Assuntos Europeus pela Universidade de Bruxelas e, actualmente, Professor Catedrático da Universidade do Algarve e investigador no CIEO. É, na área temática dos estudos rurais, co-autor da série de estudos RURALIDADES em cinco volumes, I (2007), II (2007), III (2008), IV (2009) e V (2010), editados pela Universidade do Algarve, e ainda da obra A Grande Transição, pluralidade e diversidade no mundo rural (2011), editada pela Colibri.
Maria das Mercês Cabrita de Mendonça Covas é licenciada em Sociologia, doutorada em Sociologia da População e dos Recursos Humanos pela Universidade de Évora e Professora Associada da Universidade do Algarve. Actualmente, é Professora Associada Aposentada e investigadora no CIEO. É, na área temática dos estudos rurais, co-autora da série de estudos RURALIDADES em cinco volumes, I (2007), II (2007), III (2008), IV (2009) e V (2010), editados pela Universidade do Algarve, e ainda da obra A Grande Transição, pluralidade e diversidade no mundo rural (2011), editada pela Colibri.